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Química

PETRÓLEO

25 de setembro de 2015
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Escrito porRedação

Petróleo bruto

Petróleo bruto é o termo para o óleo não processado. Ele também é conhecido apenas como petróleo. O petróleo bruto é um combustível fóssil, o que significa que ele é formado pelo processo de decomposição de matéria orgânica, restos vegetais, algas, alguns tipos de plâncton e restos de animais marinhos – ocorrido durante centenas de milhões de anos na história geológica da Terra.

Os tipos de petróleo bruto podem apresentar cores diferentes, de claros a negro, assim como viscosidades diferentes, que podem ser semelhantes à água ou quase sólidas.

O petróleo bruto é o ponto de partida para muitas substâncias diferentes porque contém hidrocarbonetos. Os hidrocarbonetos são moléculas que contém hidrogênio e carbono e existem em diferentes tamanhos e estruturas, com cadeias ramificadas e não ramificadas e anéis.

Duas características são importantes nos hidrocarbonetos:

– eles contêm muita energia. O uso de muitos dos produtos derivados de petróleo bruto como a gasolina, óleo diesel, parafina sólida e assim por diante tiram vantagem desse tipo de energia;

– eles podem ter formas diferentes. O menor hidrocarboneto é o metano (CH4), um gás mais leve do que o ar. Cadeias mais longas contêm cinco carbonos ou mais e são líquidos, já as cadeias muito longas são sólidos, como a cera costumam ser. Ao ligar quimicamente cadeias de hidrocarbonetos artificialmente, obtemos vários produtos, que vão da borracha sintética até o náilon e ao plástico de potes para alimentos.

As principais classes de hidrocarbonetos em petróleo bruto incluem:

a) Parafinas

– fórmula geral: CnH2n+2 (n é um número inteiro, geralmente de 1 a 20)

– as moléculas são cadeias ramificadas ou não

– em temperatura ambiente podem ser gases ou líquidos, dependendo da molécula

– exemplos: metano, etano, propano, butano, isobutano, pentano, hexano

b) Aromáticos

– fórmula geral: C6H5-Y (Y é uma molécula mais longa e não ramificada que se conecta a anéis benzênicos)

– estruturas em anel, com um ou mais anéis 

– os anéis contêm seis átomos de carbono, com ligações duplas e simples alternando-se entre os carbonos

– geralmente são líquidos 

– exemplos: benzeno, naftaleno

c) Naftenos ou cicloalcanos

– fórmula geral: CnH2n (n é um número inteiro, geralmente de 1 a 20)

– estruturas em anel, com um ou mais anéis 

– os anéis contêm apenas ligações simples entre os átomos de carbono

– em temperatura ambiente, geralmente são líquidos

– exemplos: ciclohexano, metilciclopentano

Outros hidrocarbonetos:

a) Alcenos

– fórmula geral: CnH2n (n é um número inteiro, geralmente de 1 a 20)

– moléculas de cadeias ramificadas ou não que contêm uma ligação dupla carbono-carbono

– podem apresentar-se nos estados líquido ou gasoso

– exemplos: etileno, buteno, isobuteno

b) Dienos e Alcinos

– fórmula geral: CnH2n-2 (n é um número inteiro, geralmente de 1 a 20)

– moléculas de cadeias ramificadas ou não que contêm duas ligações duplas carbono-carbono

– podem apresentar-se nos estados líquido ou gasoso

– exemplos: acetileno, butadieno

Agora que sabemos os componentes principais do petróleo bruto, vamos ver o que podemos fazer com ele.

Produtos derivados do petróleo bruto

O petróleo bruto contém centenas de diferentes tipos de hidrocarbonetos misturados e, para separá-los, é necessário refinar o petróleo.

As cadeias de hidrocarbonetos de diferentes tamanhos têm pontos de ebulição que vão aumentando progressivamente, o que possibilita separá-las através do processo de destilação. É isso o que acontece em uma refinaria de petróleo.

Na etapa inicial do refino, o petróleo bruto é aquecido e as diferentes cadeias são separadas de acordo com suas temperaturas de evaporação. Cada comprimento de cadeia diferente tem uma propriedade diferente que a torna útil de uma maneira específica.

Para entender a diversidade contida no petróleo bruto e o motivo pelo qual o seu refino é tão importante, veja uma lista de produtos que obtemos a partir do petróleo bruto:

a) gás de petróleo: usado para aquecer, cozinhar, fabricar plásticos

– alcanos com cadeias curtas (de 1 a 4 átomos de carbono)

– normalmente conhecidos pelos nomes de metano, etano, propano, butano

– faixa de ebulição: menos de 40°C

– são liquefeitos sob pressão para criar o GLP (gás liquefeito de petróleo)

b) nafta: intermediário que irá passar por mais processamento para produzir gasolina

– mistura de alcanos de 5 a 9 átomos de carbono

– faixa de ebulição: de 60 a 100°C

c) gasolina: combustível de motores

– líquido

– mistura de alcanos e cicloalcanos (de 5 a 12 átomos de carbono)

– faixa de ebulição: de 40 a 205°C

d) querosene: combustível para motores de jatos e tratores, além de ser material inicial para a fabricação de outros produtos

– líquido

– mistura de alcanos (de 10 a 18 carbonos) e aromáticos

– faixa de ebulição: de 175 a 325°C

e) gasóleo ou diesel destilado: usado como diesel e óleo combustível, além de ser um intermediário para fabricação de outros produtos

– líquido

– alcanos contendo 12 ou mais átomos de carbono

– faixa de ebulição: de 250 a 350°C

f) óleo lubrificante: usado para óleo de motor, graxa e outros lubrificantes

– líquido

– alcanos, cicloalcanos e aromáticos de cadeias longas (de 20 a 50 átomos de carbono)

– faixa de ebulição: de 300 a 370°C

g) petróleo pesado ou óleo combustível: usado como combustível industrial, também serve como intermediário na fabricação de outros produtos

– líquido

– alcanos, cicloalcanos e aromáticos de cadeia longa (de 20 a 70 átomos de carbono)

– faixa de ebulição: de 370 a 600°C

h) resíduos: coque, asfalto, alcatrão, breu, ceras, além de ser material inicial para fabricação de outros produtos

– sólido

– compostos com vários anéis com 70 átomos de carbono ou mais

– faixa de ebulição: mais de 600°C

Você pode ter notado que todos esses produtos têm tamanhos e faixas de ebulição diferentes. Os químicos tiram vantagem dessas propriedades ao refinar o petróleo.

O processo

Como já mencionamos, um barril de petróleo bruto é composto por diversos tipos de hidrocarbonetos. O refino de petróleo separa tudo isso em várias substâncias úteis. Para isso, os químicos seguem algumas etapas.

1- A maneira mais antiga e comum de separar os vários componentes (chamados de frações) é usar as diferenças entre as temperaturas de ebulição. Isso é chamado de destilação fracionada. Basicamente, esquenta-se o petróleo bruto deixando-o evaporar e depois condensa-se este vapor.

2- Técnicas mais novas usam o processamento químico, térmico ou catalítico em algumas das frações para criar outras, em um processo chamado de conversão. O processamento químico, por exemplo, pode quebrar cadeias longas em outras menores. Isso permite que uma refinaria transforme óleo diesel em gasolina, de acordo com a demanda por gasolina.

3- As refinarias devem tratar as frações para remover as impurezas.

4- As refinarias combinam as várias frações (processadas e não processadas) em misturas para fabricar os produtos desejados. Por exemplo, as diferentes misturas de cadeias podem criar gasolinas com diferentes índices de octanagem.

Os produtos são armazenados no local até que sejam entregues aos diferentes compradores, como postos de gasolina, aeroportos e fábricas de produtos químicos. Além de fazer produtos baseados no petróleo, as refinarias também devem tratar os dejetos envolvidos nos processos para minimizar a poluição do ar e da água.

Destilação fracionada

Os vários componentes do petróleo bruto têm tamanhos, pesos e temperaturas de ebulição diferentes. Por isso, o primeiro passo é separar esses componentes. E devido à diferença de suas temperaturas de ebulição, eles podem ser facilmente separados por um processo chamado de destilação fracionada. Veja abaixo as etapas.

1- Aquecer a mistura de duas ou mais substâncias (líquidos) de diferentes pontos de ebulição a alta temperatura. O aquecimento costuma ser feito com vapor de alta pressão para temperaturas de cerca de 600°C.

2- A mistura entra em ebulição formando vapor (gases). A maior parte das substâncias passa para a fase de vapor.

3- O vapor entra no fundo de uma coluna longa (coluna de destilação fracionada) cheia de bandejas ou placas.

3.1- elas possuem muitos orifícios ou proteções para bolhas a fim de permitir a passagem do vapor

3.2- as placas aumentam o tempo de contato entre o vapor e os líquidos na coluna

3.3- elas ajudam a coletar os líquidos que se formam nos diferentes pontos da coluna

3.4- há uma diferença de temperatura pela coluna (mais quente embaixo, mais frio em cima)

4- O vapor sobe pela coluna.

5- Conforme o vapor sobe pelas placas da coluna, ele esfria.

6- Quando uma substância na forma de vapor atinge uma altura em que a temperatura da coluna é igual ao ponto de ebulição da substância, ela condensa e forma um líquido. A substância com o menor ponto de ebulição irá se condensar no ponto mais alto da coluna. Já as substâncias com pontos de ebulição maiores condensarão em partes inferiores da coluna.

7- As placas recolhem as diferentes frações líquidas.

8- As frações líquidas recolhidas podem:

8.1- passar por condensadores, onde serão resfriadas ainda mais, e depois ir para tanques de armazenamento;

8.2- ir para outras áreas para passar por outros processos químicos, térmicos ou catalíticos.

A destilação fracionada é útil para separar uma mistura de substâncias com diferenças pequenas em seus pontos de ebulição sendo uma etapa muito importante no processo de refino.

Poucos compostos já saem da coluna de destilação prontos para serem comercializados. Muitos deles devem ser processados quimicamente para criar outras frações. Por exemplo, apenas 40% do petróleo bruto destilado é gasolina.

No entanto, a gasolina é um dos principais produtos fabricados pelas empresas de petróleo. Em vez de destilar continuamente grandes quantidades de petróleo bruto, essas empresas utilizam processos químicos para produzir gasolina a partir de outras frações que saem da coluna de destilação. É este processo que garante uma porção maior de gasolina em cada barril de petróleo bruto.

Processamento químico

Pode-se transformar uma fração em outra usando um destes três métodos:

– dividindo grandes cadeias de hidrocarbonetos em pedaços menores (craqueamento);

– combinando pedaços menores para criar outros maiores (reforma);

– rearranjando vários pedaços para fazer os hidrocarbonetos desejados (alquilação).

Craqueamento

O craqueamento divide grandes cadeias de hidrocarbonetos em pedaços menores.

Há vários tipos de craqueamento.

Térmico: grandes cadeias de hidrocarbonetos são aquecidas a altas temperaturas (e algumas vezes a altas pressões também) até que elas se quebrem (craqueiem).

vapor: vapor de alta temperatura (816°C) é usado para craquear etano, butano e nafta em etileno e benzeno, que são usados para fabricar produtos químicos;

viscorredução: os resíduos da torre de destilação são aquecidos (482°C), resfriados com gasóleo e rapidamente colocados em uma torre de destilação. Este processo reduz a viscosidade de óleos pesados e produz o alcatrão;

coqueamento: os resíduos da torre de destilação são aquecidos a temperaturas acima de 482°C até que se quebrem em óleo pesado, gasolina e nafta. Ao final do processo, sobra um resíduo pesado, quase puro, de carbono (coque). O coque é limpo e vendido.

Catalítico: usa um catalisador para aumentar a velocidade da reação de craqueamento. Os catalisadores incluem a zeólita, hidrossilicato de alumínio, bauxita e alumino-silicatos.

craqueamento catalítico fluido (“fluid cracking catalysis”, FCC): um catalisador fluido aquecido (538°C) craqueia gasóleo pesado em óleo diesel e gasolina;

hidrocraqueamento: semelhante ao craqueamento catalítico fluído, mas usa um catalisador diferente, temperaturas menores, pressão maior e gás hidrogênio. Ele craqueia o óleo pesado em gasolina e querosene (combustível de aviação).

Após vários hidrocarbonetos terem sido craqueados em outros menores, os produtos passam por mais uma coluna de destilação fracionada para separá-los.

Reforma

Algumas vezes, é preciso combinar hidrocarbonetos menores para fazer outros maiores. Este processo é chamado de reforma. O principal processo á a reforma catalítica, que utiliza um catalisador (platina, mistura platina-rênio) para transformar nafta de baixo peso molecular em compostos aromáticos, usados na fabricação de produtos químicos e para misturar na gasolina. Um subproduto importante dessa reação é o gás hidrogênio, usado para o hidrocraqueamento ou vendido.

Alquilação

Às vezes, as estruturas de moléculas em uma fração são rearranjadas para produzir outra. Isso normalmente é feito por meio de um processo chamado alquilação. Na alquilação, compostos de baixo peso molecular, como o propileno e o buteno, são misturados na presença de um catalisador como o ácido fluorídrico ou ácido sulfúrico (um subproduto da remoção de impureza de muitos produtos do petróleo). Os produtos da alquilação são hidrocarbonetos ricos em octanas, usados em tipos de gasolina para reduzir o poder de detonação.

Tratando e misturando as frações obtidas no refino de petróleo

Frações destiladas e processadas quimicamente são tratadas para que as impurezas como compostos orgânicos contendo enxofre, nitrogênio, oxigênio, água, metais dissolvidos e sais inorgânicos sejam removidas. O tratamento costuma ser feito ao passar as frações pelas seguintes etapas:

– uma coluna de ácido sulfúrico remove hidrocarbonetos insaturados (os que possuem ligações duplas carbono-carbono), compostos de nitrogênio, compostos de oxigênio e sólidos residuais (alcatrão, asfalto)

– uma coluna de absorção preenchida com agentes secantes para remover a água

– tratamento para remover o enxofre e compostos de enxofre

Após o tratamento das frações, elas são resfriadas e misturadas para formar vários produtos, tais como:

– gasolina de vários tipos, com ou sem aditivos

– óleos lubrificantes de diferentes pesos moleculares e tipos (por exemplo, 10W-40, 5W-30)

– querosene de vários tipos

-combustível de aviação

– óleo diesel

– óleo combustível

– diferentes tipos de produtos químicos para a produção de plásticos e outros polímeros.

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