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Cursos

Policial militar: profissão perigo

6 de outubro de 2008
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Escrito porRedação

Controle emocional, preparação física e capacidade de lidar com

situações adversas são características obrigatórias para o oficial da PM.

Apesar dos riscos da profissão, os concursos públicos para ingresso na Polícia Militar (PM) atraem uma multidão de candidatos, que passam por processos rigorosos de seleção. Segundo o subchefe do Centro de Recrutamento e Seleção da PM do Paraná, capitão Dicésar Moreira Luiz, há duas opções para os interessados na carreira: a admissão como soldado ou como oficial (os postos superiores na hierarquia da corporação).

“O último concurso para soldado ocorreu em 2005, com 21 mil candidatos para apenas mil vagas”, afirma. Já a seleção para oficiais é realizada pelo vestibular da UFPR. O candidato precisa passar no processo seletivo e, depois, na prova de habilidades específicas organizada pela PM.

No último vestibular da Federal, cerca de 900 estudantes disputaram as 17 vagas abertas pela PM. A relação candidato/vaga foi de 53,47, quase o dobro da relação de Medicina (27,64). O pior dos aprovados acertou 50 questões na primeira fase; o primeiro lugar acertou 67. As provas de habilidades específicas organizadas pela PM incluem exames de sanidade física e mental, capacidade física e pesquisa social.

“O índice de reprovação nas provas específicas é muito alto, por isso normalmente chamamos todos os aprovados para a segunda fase do vestibular da UFPR. O número de candidatos costuma ser cinco vezes maior do que o número de vagas”, explica o capitão Luiz, lembrando que até 50% das vagas podem ser preenchidas por mulheres.

Os estudantes com as melhores pontuações nas duas fases do

vestibular e nas provas de habilidades específicas são, então,

convocados para integrar a escola de formação de oficiais da Academia

Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais. O curso dura três

anos, com aulas de manhã, à tarde e à noite. “Os alunos estudam em

regime de semi-internato. Eles permanecem de segunda a sexta-feira na

instituição, onde dormem e fazem as refeições, e, caso não tenham

nenhuma missão, são liberados no fim de semana”, descreve o capitão

Luiz.

O comandante do curso de Formação de Oficiais da PM, capitão Paulo

Henrique Semmer, explica que o candidato aprovado já ingressa na

corporação como cadete e recebe um salário de aproximadamente R$ 1 mil

durante os estudos. Segundo ele, o policial sai da academia como

aspirante a oficial, posto no qual permanece durante um ano em situação

de estágio probatório, quando o seu desempenho é avaliado. Após esse

período, pode ser promovido a 2º tenente.

Mesmo com garantia de remuneração ainda durante o curso, o aspirante

a oficial Adirley Wittkowski, 21 anos, diz que se sentiu inclinado a

ingressar na carreira mais por vocação do que pelos atrativos

financeiros. “Quando entrei nem pensava no salário. Esse não foi o

fator preponderante”, afirma.

Na academia, além de aprender técnicas de

policiamento, tiro e defesa pessoal, Wittkowski estudou matérias como

Direito Ambiental, Administrativo, Penal e Constitucional. Formado no

fim do ano passado, ele trabalha atualmente na 1ª Companhia do 17º

Batalhão de Polícia Militar de São José dos Pinhais, onde coordena e

supervisiona operações da tropa. “Se há um evento, como um show ou um

jogo de futebol, faço o planejamento, por exemplo, do número de

viaturas e de efetivo que será necessário. Também vou ao local junto

com a tropa”, explica.

Exames e pesquisa

As

três etapas da seleção organizada pela Polícia Militar (PM) são

eliminatórias, ou seja, só passam para a fase seguinte os candidatos

aprovados na anterior. O teste de sanidade física e mental é composto

por uma série de exames de saúde laboratoriais, que devem ser

providenciados e pagos pelo próprio candidato, além de exames clínicos,

realizados gratuitamente por profissionais ligados à PM.

“Nessa etapa,

o candidato irá gastar de R$ 280 a R$ 560, dependendo do laboratório

que procurar”, calcula o subchefe do Centro de Recrutamento e Seleção

da PM do Paraná, capitão Dicésar Moreira Luiz. Ele ressalta que vários

problemas de saúde podem reprovar o candidato. Segundo o edital das

provas de habilidades específicas, disponível no site da Universidade

Federal do Paraná (UFPR), estudantes sem os dentes incisivos ou

caninos, com desvio acentuado de septo nasal ou doenças alérgicas

respiratórias, por exemplo, são automaticamente desclassificados.

Candidatos com tatuagens permanentes que chamem muita atenção também

podem ser eliminados. “A junta militar responsável pela realização dos

exames clínicos é que decidirá se a tatuagem reprova ou não o

estudante. Já tivemos um candidato que apareceu com uma tatuagem no

rosto e, por isso, foi eliminado”, lembra.

Outra exigência da PM é que

os homens apresentem Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 18 e 30, e as

mulheres, entre 18 e 28. Para calcular o IMC, basta dividir o peso, em

quilogramas, pela altura ao quadrado (peso/altura²). “Até poucos anos

atrás, só eram aprovados os candidatos que tivessem uma estatura

mínima, mas hoje não há mais essa exigência”, afirma o capitão.

Ele explica que os candidatos aprovados nos exames de saúde são

encaminhados para a prova de capacidade física. Nessa etapa, tanto as

mulheres quanto os homens são submetidos a três testes: shuttle run

(corrida de ir e vir), tração na barra fixa e corrida de 2.400 metros.

“No ano passado, os homens deveriam fazer três flexões na barra, e as

mulheres precisavam apenas fazer a pegada e ficar segurando, sem a

necessidade de flexionar os braços. Este ano todos precisam fazer ao

menos uma flexão e, quanto maior o número delas, mais pontos recebem”,

descreve.

A última fase do processo seletivo, afirma Luiz, é a pesquisa social

do candidato, realizada pelo setor de inteligência da PM. O estudante

responde a um questionário, e os dados são comparados com as

informações repassadas por terceiros em apurações feitas pela polícia.

“É realizada uma pesquisa de campo. Vamos até a residência do

candidato, conversamos com os seus vizinhos, procuramos os seus antigos

locais de trabalho. Se constatarmos que ele convive debaixo do mesmo

teto que um criminoso, por exemplo, é bem provável que ele seja

reprovado”, afirma.

Hierarquia

Na Polícia Militar, o primeiro posto do oficialato é o de 2º

tenente. Depois dele, em ordem crescente, há o 1º tenente, o capitão, o

major, o tenente-coronel e o coronel, posto máximo da hierarquia.

Abaixo dos tenentes, em ordem decrescente, está o subtenentes, 1º

sargento, 2º sargento, 3º sargento, cabo e soldado.

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