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Cursos

PROFESSORES VALORIZADOS

25 de maio de 2008
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Escrito porRedação

Num artigo publicado neste jornal, intitulado “Cadeiras Quebradas”, concordo plenamente com a professora Maria Elisabete, mas percebo que muito mais que o desrespeito dos alunos para com a sua “segunda casa”, que é a escola, é o desrespeito do próprio estado para com as escolas, professores, alunos e sociedade.

Nos últimos anos, o governo fez várias críticas aos professores estaduais, uma vez que nos testes nacionais aplicados nas escolas públicas o estado de Roraima sempre ocupava uma das últimas colocações no ranking. A pergunta seria: como cobrar educação de qualidade se ainda dispomos de vários professores temporários, que por diversas vezes sequer ministram a disciplina da área que cursam ou cursaram na faculdade?

Há quase uma década o estado utiliza uma medida paliativa, a contratação de professores temporários, que acaba por agravar a qualidade do ensino do estado. Não que os “famosos” seletivos(este ano com nova denominação: professores horistas) não sejam bons profissionais tão quanto ou mais dedicados que os professores concursados estaduais, o problema é que geralmente são empregados após o início das aulas (no ano de 2007 boa parte iniciou dia 26 de março), comprometendo o conteúdo a ser ministrado, fazendo com que aulas ministradas as pressas, uma vez que inicia-se as aulas quando se está em mais da metade do primeiro bimestre, e um desgaste extra, já que deve recuperar o tempo perdido de alguma forma. 

É importante notarmos que para se ter uma educação de qualidade, precisamos de professores dedicados, interessados, estáveis e principalmente regidos por um plano político pedagógico que toda escola deveria ter, para que independente da troca de secretário ou governo, não sejam regidos por novos decretos que acabem por minar as ações já desenvolvidas e que estão em progresso.

É certo que não conseguiremos do dia pra noite melhorar a educação do estado, precisamos de profissionais mais qualificados nas séries iniciais, professores que ensinem muito mais que disciplinas; que ensinem valores. Professores que possam contar com cursos de pós-graduação que realmente façam a diferença no processo ensino-aprendizagem, de preferência pago pelo estado, embora isso ocorra muito mais na esfera municipal que estadual.

Hoje somos muito mais que professores: somos pais, psicólogos, irmãos e amigos de nossos alunos. Numa sociedade onde muitas famílias encontram-se fragmentadas, o aluno encontra no professor(a) a imagem do pai, da mãe ou de alguém que deveria ser a sua referência, seu modelo. 

Infelizmente, todos somos vítimas de constantes atos que entristecem o profissional mais dedicado. A escolha dos livros didáticos feita pela Secretaria de Educação no ano de 2007 é um bom exemplo: algo que mais parece uma apostila, tendo em vista a qualidade que se assemelhava a fotocópia e os assuntos tão resumidos, que sequer servem de consulta para os alunos, sem falar que os livros de física do ano passado não continham nem mesmo um único exercício.

Outro ato entristecedor é a busca constante de índices de aprovação que não buscam a qualidade do ensino, mas sim um valor estatístico que demonstre que tudo vai as mil maravilhas, embora grande parte de nossos jovens esteja saindo do ensino médio sem saber ler, interpretar e ter domínio das quatro operações.

Os professores do ensino médio geralmente culpam os do ensino fundamental pela falta de conhecimento dos alunos; por sua vez, os professores do ensino fundamental culpam os professores das séries iniciais, e estes, bem, a estes só resta culpar o sistema.

Para que tenhamos melhores índices, não necessitamos apenas de fardamento, merenda escolar, material e transporte, muito menos de professores sendo substituídos por kit’s de Telecurso 2000; precisamos de professores concursados que não necessitem de mais de um emprego, precisamos de políticas públicas voltadas para o ensino e não para a aprovação automática, precisamos da aproximação da família e a escola. Aí, talvez, tenhamos escolas, profissionais e ensino de qualidade.

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