Hedonismo: o que é, características e filósofos!
O que é hedonismo, quais suas características e os filósofos mais conhecidos? Entenda a seguir
O hedonismo é uma corrente filosófica que coloca o prazer como o objetivo máximo da vida e a busca pela felicidade como o propósito principal das ações humanas.
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Essa filosofia sugere que o prazer é intrinsecamente bom e a dor é intrinsecamente ruim, portanto, a busca pelo prazer e a evitação da dor devem ser os princípios orientadores de nossas escolhas e comportamentos.
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O que é Hedonismo?
O termo “hedonismo” deriva do grego antigo “hedoné”, que significa prazer. Desde os tempos antigos, essa filosofia tem sido objeto de discussão e debate entre os filósofos.
Nela, são abordadas questões sobre a natureza do prazer, sua relação com a felicidade e os critérios para determinar o que é verdadeiramente prazeroso.
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No entanto, o hedonismo também enfrenta críticas. Alguns argumentam que buscar apenas o prazer pode levar ao egoísmo e à negligência das consequências éticas de nossas ações.
Além disso, há debates sobre como equilibrar o prazer imediato com a busca por uma felicidade duradoura e de qualidade.
No contexto cotidiano, o hedonismo pode ser aplicado na busca pela satisfação pessoal e no equilíbrio entre as diferentes fontes de prazer em nossas vidas, levando em consideração tanto o prazer imediato quanto o bem-estar a longo prazo.
Quais as origens históricas do Hedonismo?
As origens históricas do hedonismo remontam à Grécia Antiga, onde essa corrente filosófica teve sua primeira formulação. O filósofo Epicuro, que viveu entre 341 a.C. e 270 a.C., é considerado um dos principais expoentes do hedonismo.
Epicuro fundou uma escola filosófica conhecida como o Jardim, em Atenas, onde desenvolveu sua filosofia centrada na busca pela felicidade e pelo prazer moderado.
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Para Epicuro, o objetivo supremo da vida era alcançar a ataraxia, um estado de tranquilidade e ausência de perturbações.
Ao longo da história, outras correntes filosóficas se desenvolveram com influências hedonistas, como o utilitarismo proposto por Jeremy Bentham e John Stuart Mill no século XIX.
O utilitarismo, embora baseado no prazer e na dor, busca maximizar a felicidade geral, considerando o maior prazer para o maior número de pessoas como um princípio moral.
Conheça os tipos de hedonismo
Dentro do hedonismo, existem diferentes abordagens e perspectivas. Confira os tipos de hedonismo, começando pelo hedonismo ético.
Hedonismo Ético
O hedonismo ético é uma vertente do hedonismo que defende o prazer como o objetivo moral supremo.
Isso significa que as ações são consideradas moralmente corretas se promoverem o prazer e moralmente erradas se resultarem em dor ou sofrimento. Nesse contexto, o prazer é visto como um indicador de bondade e bem-estar.
Apesar de sua atratividade inicial, o hedonismo ético enfrenta várias críticas e controvérsias.
Hedonismo psicológico
Uma delas é o desafio de determinar o que é realmente prazeroso e como quantificar ou qualificar o prazer pode ser subjetivo e variar de pessoa para pessoa.
Além disso, há preocupações de que uma abordagem exclusivamente voltada para o prazer possa levar ao egoísmo e negligenciar considerações éticas mais amplas. A busca do prazer individual sem considerar as consequências para os outros pode gerar conflitos morais e dilemas éticos complexos.
No hedonismo psicológico, a busca do prazer e a evitação da dor são os principais impulsionadores das ações humanas.
Os indivíduos são motivados a buscar experiências e situações que tragam prazer e a evitar aquelas que causem desconforto, dor ou sofrimento.
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O hedonismo psicológico exerce influência significativa na tomada de decisões. As pessoas tendem a avaliar as escolhas com base em como elas irão afetar sua experiência de prazer ou dor.
Decisões que são percebidas como trazendo maior prazer são frequentemente preferidas, enquanto aquelas que são percebidas como geradoras de dor são evitadas.
No entanto, é importante notar que as influências do hedonismo psicológico na tomada de decisões podem variar de pessoa para pessoa.
As preferências individuais, os valores pessoais e as circunstâncias específicas podem desempenhar um papel importante na forma como cada indivíduo busca o prazer e evita a dor.
Filósofos e pensadores hedonistas
Epicuro e o prazer moderado
Epicuro, filósofo grego do período helenístico, é considerado um dos principais expoentes do hedonismo. No entanto, diferentemente de uma busca desenfreada por prazeres intensos, Epicuro defendia uma abordagem mais moderada.
Ele também enfatizava a importância do autoconhecimento e da compreensão das necessidades individuais para guiar a busca pelo prazer moderado. Ele considerava que as perturbações emocionais, como medo, ansiedade e desejo desenfreado, eram obstáculos para uma vida satisfatória.
Conceito de ataraxia
Epicuro acreditava que o prazer genuíno vinha da ausência de dor e perturbação, em vez de ser apenas a busca de sensações efêmeras e intensas.
Ele introduziu o conceito de “ataraxia”, que se refere a uma tranquilidade interna e serenidade alcançada por meio da moderação e da busca por prazeres simples e duradouros.
A busca pela tranquilidade e ausência de perturbações
Para Epicuro, a felicidade consistia em encontrar satisfação nos prazeres básicos da vida, como a amizade, a sabedoria e a contemplação. Ele acreditava que a tranquilidade mental e a ausência de perturbações eram fundamentais para se alcançar uma vida feliz e plena.
Jeremy Bentham e o utilitarismo
Jeremy Bentham, filósofo e jurista britânico do século XVIII, foi um defensor fervoroso do hedonismo e desenvolveu a teoria ética conhecida como utilitarismo.
Essa teoria baseia-se no princípio da maior felicidade, buscando maximizar a quantidade total de prazer e minimizar a quantidade total de dor na sociedade como um todo.
Princípio da maior felicidade para o maior número de pessoas
O utilitarismo proposto por Bentham coloca a felicidade como o objetivo supremo da vida, mas com uma abordagem mais ampla.
Ele defendia que a ação moralmente correta é aquela que resulta na maior quantidade de felicidade para o maior número de pessoas possível. O bem-estar coletivo é valorizado em detrimento dos interesses individuais.
Avaliação quantitativa do prazer e da dor
Uma das características distintivas do utilitarismo de Bentham é a busca por uma avaliação quantitativa do prazer e da dor. Ele desenvolveu o chamado “cálculo hedonista” como uma forma de medir e comparar diferentes prazeres e dores.
Bentham considerava que ações deveriam ser avaliadas com base na quantidade de prazer ou dor que geram, levando em conta fatores como intensidade, duração, certeza e extensão.
O objetivo desse cálculo era buscar a máxima quantidade de prazer e minimizar a quantidade de dor, a fim de promover a felicidade geral da sociedade.
John Stuart Mill e a qualidade do prazer
John Stuart Mill, filósofo e economista britânico, construiu sua filosofia hedonista com base na obra de Jeremy Bentham, mas com algumas diferenciações importantes.
Diferenciação entre prazeres superiores e inferiores
Mill argumentava que nem todos os prazeres eram iguais e que era necessário fazer uma distinção entre prazeres superiores e inferiores.
Segundo ele, prazeres intelectuais, morais e estéticos eram de uma qualidade superior em relação a prazeres físicos e sensoriais mais básicos.
A busca por prazeres superiores era valorizada e considerada mais nobre. Essa diferenciação se baseava na ideia de que prazeres superiores proporcionam um maior desenvolvimento do ser humano e contribuem para o bem-estar em um nível mais elevado.
Importância do desenvolvimento intelectual e emocional
Para Mill, o desenvolvimento intelectual e emocional era fundamental para a busca do prazer e da felicidade. Ele acreditava que o ser humano tinha uma capacidade inata de buscar conhecimento, cultivar a virtude e experimentar uma gama mais ampla de emoções.
Dessa forma, Mill defendia que a busca por prazeres superiores, que envolviam a expansão do intelecto e o desenvolvimento emocional, era essencial para uma vida plena e satisfatória.
O crescimento pessoal e o aprimoramento moral eram vistos como elementos-chave na busca pela felicidade.
Críticas e debates sobre o hedonismo
Confira algumas das principais críticas levantadas em relação ao hedonismo e os debates éticos que envolvem essa abordagem.
A busca exclusiva pelo prazer como egoísmo
Uma crítica comum ao hedonismo é que a busca exclusiva pelo prazer pode ser interpretada como uma forma de egoísmo. Argumenta-se que a filosofia hedonista pode levar as pessoas a buscar apenas sua própria satisfação e a ignorar o bem-estar dos outros.
Essa perspectiva coloca em questão a noção de que a busca individual pelo prazer pode ser moralmente justificada em detrimento das preocupações coletivas.
Dilemas éticos e consequencialismo
Outra crítica levantada em relação ao hedonismo está relacionada aos dilemas éticos que surgem ao aplicar o princípio do prazer como objetivo moral.
O consequencialismo, uma abordagem ética que avalia as ações pelos seus resultados, é frequentemente associado ao hedonismo.
No entanto, a consideração exclusiva das consequências prazerosas pode levar a dilemas éticos, onde a busca do prazer pode justificar ações moralmente questionáveis.
Como usar o Hedonismo na redação do Enem?
Ao escrever uma redação para o Enem sobre o tema do hedonismo, você pode utilizar os seguintes argumentos para embasar o seu texto:
- Valorização do bem-estar pessoal: O hedonismo defende a busca pelo prazer e a maximização do bem-estar individual como objetivos legítimos.
Argumente que a busca pela felicidade é fundamental para uma vida plena e que cada indivíduo tem o direito de buscar sua própria realização pessoal.
- Busca por um equilíbrio entre prazer e responsabilidade: Apesar de enfatizar o prazer, o hedonismo não necessariamente descarta a responsabilidade e o compromisso com o bem-estar dos outros.
Argumente que é possível conciliar a busca pelo prazer pessoal com a consideração ética e moral em relação às consequências de nossas ações.
- Valorização da diversidade de perspectivas: O hedonismo reconhece que cada indivíduo tem suas próprias preferências e desejos, e isso deve ser respeitado.
Argumente que a diversidade de perspectivas enriquece a sociedade, permitindo que cada pessoa siga seu próprio caminho em busca da felicidade, desde que respeitando os direitos e bem-estar dos outros.
Lembre-se de fundamentar seus argumentos com exemplos, evidências e reflexões críticas. Explorar as nuances e limitações do hedonismo também é importante para uma redação bem estruturada e fundamentada.
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