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Português

Inversão da Ordem dos Termos numa Oração

8 de setembro de 2010
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Escrito porRedação

De você eu gosto.

Eu gosto de você.

As palavras são as mesmas, só a ordem se altera. Será que a primeira frase tem exatamente o mesmo sentido da segunda? Podemos convir que o sentido seja o mesmo, mas sabemos que ninguém coloca as palavras numa certa ordem por acaso.

Quando alguém diz “De você eu gosto”, a ênfase recai no sintagma “de você”. Essa inversão da ordem gera mudança de foco, mudança de luz. Note que “de você eu gosto” é diferente de “eu gosto de você” no que diz respeito àquilo que está sendo destacado: de você eu gosto, dela não.

No português a ordem das palavras numa frase é relativamente flexível. A alteração da ordem tem normalmente algum efeito estilístico.

Tomemos um exemplo, extraído da canção “Zé Ninguém”, gravada pelo Biquíni Cavadão:

… Quem foi que disse que a justiça tarda, mas não falha?

Que, se eu não for um bom menino, Deus vai castigar!

Os dias passam lentos

aos meses seguem os aumentos

cada dia eu levo um tiro que sai pela culatra

eu não sou ministro, eu não sou magnata

eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém

aqui embaixo, as leis são diferentes…

Você notou a frase “aos meses seguem os aumentos” ( aos = a + os a = preposição )?

Nessa frase houve uma inversão na ordem, e é possível rastrear a intenção que a gerou. Observe antes, porém, que, para que não houvesse ambigüidade, o letrista preposicionou o objeto direto “os meses”.

Do contrário, este poderia passar como sujeito da oração (como identificaríamos claramente o sujeito na construção “os meses seguem os aumentos”?). O objeto direto preposicionado é um recurso para destacar, sem margem a dúvidas, o sujeito da oração.

Mas qual teria sido a intenção de inverter a ordem dos termos na oração? Na ordem direta seria “os aumentos seguem os meses”, ou seja, os meses vão correndo e, com eles, os aumentos.

Nessa seqüência, não haveria rima entre os termos “lentos” e “aumentos”. Alterando a ordem das palavras, o compositor obteve um efeito expressivo, a rima. Trata-se de um recurso estilístico perfeitamente possível. É a estrutura frasal se flexibilizando para atender àquilo que efetivamente se quer dizer.

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