Carbono
Carbono: símbolo C; elemento químico não-metálico do grupo 4A da
tabela periódica; número atômico: 6; massa atômica: 12,0107; número de
prótons/elétrons: 6; número de nêutrons: 6; nome derivado do latim
carbo, que significa “carvão”.
O homem primitivo já conhecia o elemento carbono, sob a forma do
carvão com que obtinha o fogo. Ao longo da história, o carbono sempre
foi o componente essencial de combustíveis como o gás natural, o
petróleo e seus derivados, etc.
Com relação à matéria mineral existente na natureza, o carbono está
presente na crosta terrestre sob a forma elementar de seus diversos
alótropos ou combinado, constituindo, sobretudo, carbonatos.
O fenômeno da alotropia ocorre quando um elemento químico se apresenta
sob mais de uma forma, seja diferindo na disposição dos átomos em suas
estruturas cristalinas, seja diferindo no número de átomos que compõem
suas moléculas. Nosso amigo carbono é encontrado em estado livre na
natureza, principalmente sob três formas alotrópicas: duas cristalinas
(o diamante e a grafite) e uma pseudo-amorfa (o carvão).
A grafite é um sólido cinza, opaco, mole e escorregadio, que deixa
marcas quando risca qualquer superfície, e, por isso, é a matéria-prima
dos lápis de escrever. Conduz bem o calor e a eletricidade e é usado
como eletrodo em pilhas eletroquímicas, como lubrificante e como
moderador em reatores nucleares.
Já o diamante, a substância mais dura conhecida (10, na escala de
Mohs), é incolor e transparente e um mau condutor de eletricidade;
aquecido a 1.000 °C em atmosfera inerte, converte-se em grafite
lentamente; quando suas faces são lapidadas, tem-se o brilhante, que
possui grande beleza e é a mais valiosa das pedras preciosas. Também é
utilizado industrialmente por sua dureza e propriedades abrasivas.
A terceira forma do carbono é o carvão, sólido considerado amorfo,
composto provavelmente de microcristais de grafite. É empregado
basicamente como combustível.
Todas essas três substâncias são formadas exclusivamente de átomos
de carbono, e a enorme diferença em aspecto e propriedades deve-se ao
fato de apresentarem estruturas cristalinas completamente diferentes.
Assim, um cristal de grafite consiste em um empilhamento de camadas
paralelas de átomos de carbono, sendo cada camada constituída por anéis
hexagonais de átomos de carbono ligados entre si e que se estendem
infinitamente. Entre as camadas, a distância é suficientemente grande,
não permitindo nenhuma ligação localizada. As camadas são mantidas por
forças fracas de van der Waals, o que facilita o deslizamento de umas
sobre outras, possibilitando seu uso como lubrificante e marcador de
superfícies (lápis).
Grafite formado por camadas de átomos de carbono
A estrutura cristalina do diamante é completamente diferente. Cada
átomo de carbono possui quatro átomos vizinhos, aos quais está
fortemente ligado, formando o conjunto uma estrutura tridimensional
extremamente dura e resistente.
Estrutura tridimensional do diamante
Recentemente, em 1990, foi identificada uma nova variedade de
carbono: são os fulerenos, moléculas formadas por 60 ou 70 átomos de
carbono ligados entre si, constituindo um tipo de gaiola de forma
esférica com um arranjo de hexágonos ou pentágonos à semelhança de uma
bola de futebol.
Moléculas de fulerenos
Os fulerenos receberam esse nome devido ao fato de sua forma lembrar as
abóbadas geodésicas construídas pelo arquiteto norte-americano Richard
Buckminster Fuller (a molécula de fulereno é conhecida como buckyball,
“bola do Buck”). Os fulerenos estão presentes na natureza em
pequeníssima quantidade; são encontrados na atmosfera, formados pelas
descargas elétricas dos relâmpagos, e escondidos na fuligem. Têm sido
obtidos industrialmente por diferentes métodos, e hoje são muito
utilizados em polímeros, semicondutores, supercondutores,
lubrificantes, protetores radioativos etc.
Na atmosfera, o carbono está presente como dióxido de carbono, um componente menor (0,03%).
O carbono forma mais compostos do que todos os outros elementos
considerados em conjunto (cerca de seis e meio milhões). Eles são tão
numerosos e importantes que, são classificados como um grupo separado,
a Química Orgânica, dentro do universo dos compostos químicos.
Orgânica, de organismo (vivo), uma vez que nosso companheiro carbono é
o componente essencial de todos os seres vivos e forma, juntamente com
o hidrogênio, o oxigênio, o nitrogênio e alguns outros poucos
elementos, aproximadamente 18% (em massa) de toda a matéria existente
nos seres vivos.
Mais ainda… a maior parte da energia de toda a vida animal é
fornecida pela oxidação do carbono e de seus compostos. Assim sendo, o
reino animal e o vegetal necessitam de carbono para viver e permanecer
vivos. Os vegetais obtêm esse carbono por meio do dióxido de carbono
existente na atmosfera; pelo processo de fotossíntese, sob a ação da
luz, dióxido de carbono e água são convertidos em carboidratos, com a
liberação simultânea de oxigênio, essencial à nossa vida. Por sua vez,
os animais consomem os carboidratos, respiram o oxigênio e devolvem o
dióxido de carbono à atmosfera pelos processos de expiração, excreção
e, mesmo, de decomposição de seus corpos após a morte. Esses processos
fazem parte do ciclo do carbono.
fonte: Portal do Vestibular
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