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História

GUERRA DE SECESSÃO

10 de janeiro de 2008
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Escrito porRedação

A Guerra Civil Americana ocorreu nos Estados Unidos da América entre 1861 e 1865. Nenhuma guerra causou mais mortes de americanos do que a Guerra Civil Americana, que causou um total de mortes estimado em 620 mil pessoas – cerca de 2% da população americana à época. As causas da guerra civil, seu desfecho, e mesmo os próprios nomes da guerra, são motivos de controvérsia e debate até os dias atuais.

A Guerra Civil Americana consistiu na luta entre 11 Estados do Sul latifundiário aristocrata e que era a favor do trabalho escravo contra os Estados do Norte industrializado e abolicionista, dedicado a estilos mais modernos de vida. Esta divisão é considerada uma das causas primárias do conflito. Enquanto o norte passava por um período de expansão econômica graças à industrialização, à proteção ao mercado interno e à mão-de-obra livre e assalariada, a economia do sul dependia da exportação de produtos agropecuários – especialmente do algodão, cujas exportações eram a principal fonte de renda destes estados. A agropecuária do sul, por sua vez, dependia muito do uso do trabalho escravo.

Ao longo das primeiras décadas do século XIX, a imigração em massa e intensa industrialização fizeram com que o poderio do Norte crescesse economicamente e politicamente no governo. Grandes tensões políticas e sociais desenvolveram-se entre o Norte e o Sul. Em 1860, Abraham Lincoln, um republicano contrário à escravidão, venceu as eleições presidenciais americanas. Lincoln, ao assumir o posto de presidente, cognomeou os EUA de “Casa Dividida”.

Em 1861, ano do início da guerra, o país consistia em 19 Estados livres, onde a escravidão era proibida, e 15 Estados onde a escravidão era permitida. Em 4 de março, antes que Lincoln assumisse o posto de presidente, 11 Estados escravagistas declararam secessão da União, e criaram um novo país, os Estados Confederados da América. A guerra começou quando forças confederadas atacaram o Fort Sumter, um posto militar americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em 28 de junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da Con

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Os Estados Unidos da América em 1860: Um país dividido

Raízes históricas

A origem da divisão dos Estados Unidos da América em “Norte” e “Sul” data desde tempos coloniais, quando a área que atualmente constitui os Estados Unidos ainda eram colônia de três países – Espanha, França e Inglaterra. Primariamente, tais diferenças começaram devido a diferenças geográficas na região das 13 colônias inglesas. No sul, os primeiros assentadores da região encontraram um clima quente e um solo fértil, ideal para o cultivo de tabaco. Grandes plantações de tabaco foram cultivadas, e mão-de-obra escrava foi trazida em grande quantidade do continente africano. Posteriomente, algodão e cana-de-açúcar passaram a ser cultivados também nestes Estados. Rapidamente, a agricultura e um estilo de vida primariamente rural passou a dominar os Estados do Sul.

Enquanto isto, o clima frio e o solo rochoso dos Estados do Norte mostraram-se pouco adequados à agricultura. Por causa disso, a maior fonte de renda destes Estados tornou-se o comércio, assim favorecendo a criação de grandes cidades comerciais como Boston, Filadélfia e Nova Iorque – e, apesar de que, no ano do início da Revolução Americana de 1776, a maioria da população do Norte ainda vivesse em áreas rurais, a economia destes Estados já era baseada primariamente no comércio e na manufatura. O clima e o solo foram os dois principais fatores que fizeram com que o Norte passasse a depender mais do comércio, serviços e manufatura do que da agricultura, desde o início da colonização européia.

Após a independência dos Estados Unidos, e até a década de 1850, as diferenças entre o Norte industrializado e o Sul agropecuário aumentavam gradativamente com o passar do tempo. Na década de 1850, os Estados Unidos já haviam se expandido até seus atuais limites territoriais na América do Norte (posteriormente, adquiriria o Alasca da Rússia, Havaí e outros territórios ultra marítimos). Então, os Estados Unidos já estavam em uma fase de rápida industrialização. Porém, o rápido crescimento econômico do país esteve concentrado primariamente nos Estados do Norte. Este crescimento causou o rápido crescimento populacional das cidades da região, gerando grandes avanços na área de transportes e comunicações. Apesar do Sul também ter passado por este processo, o tal progresso ocorreu muito mais lentamente do que no Norte.

Diferenças culturais

A população do Norte era mais receptiva à tecnologia e modernização do que a população do Sul, bem como às mudanças econômicas e sociais geradas por ambas. Os ideais do Norte eram trabalho pesado, educação e a independência econômica. À época da independência mais fraco economicamente do que o Sul, o Norte, graças ao seu grande desenvolvimento econômico no final do século XVIII e na primeira metade do século XIX, tornou-se muito mais desenvolvido economicamente, possuindo uma economia balanceada e variada. Já a população do Sul continuava fixa aos valores do passado.

Entre a década de 1850 e de 1860, os Estados Unidos foram a porta de entrada de imigrantes vindos da Europa – primariamente irlandeses, alemães, escoceses, italianos – e do Canadá – além de comerciantes judeus, fugindo da pobreza e da miséria da Europa, ávidos por trabalho e riqueza. A maioria dos imigrantes optavam por habitar Estados do Norte, fazendo com que este se desenvolvesse ainda mais. Vieram colonos, profissionais dos mais diversos ramos, e aventureiros. Esta imigração aumentou ainda mais as disparidades sociais, econômicas e culturais entre o Norte e o Sul.

A economia do Sul era baseada na agricultura sustentada pela escravidão. Sua população branca, em geral, era mais dada aos requintes que o luxo da aristocracia proporcionada pela oligarquia escravista poderia trazer.

Enquanto isto, o Norte fazia grande uso do trabalho imigrante. A mão-de-obra imigrante era mais barata e eficiente que a mão de obra escrava, uma vez que os imigrantes europeus não eram escravos, sua motivação única e exclusiva era fazer fortuna, eram livres, prezavam por essa liberdade, e politicamente eram muito ativos. Aqueles que trabalhavam em atividades menos nobres, em caso de problemas de saúde, eram facilmente descartados pelos patrões, e substituídos.

Os escravos afro-americanos, por sua vez, tinham a motivação da chibata e do terror impostos pelos seus donos, eram mais caros de sustentar e conservar que trabalhadores livres, e tinham que ser mantidos vivos e saudáveis, pois não eram facilmente substituídos em casos de doenças, onde a descartabilidade dificilmente se aplicava (por causa do alto preço dos escravos).

As elites intelectuais das duas regiões eram muito diferentes entre si. O Norte era a favor do “solo livre”, do “trabalho livre” e do “homem livre”, pois com a chegada dos imigrantes veio a politização e o pensamento liberal. O Sul, mais à direita, era conservador, mais religioso, apegado à terra e à propriedade, não admitia mudanças devido ao poder econômico mais concentrado, além ao culto ao tradicionalismo e à aristocracia.

Os desentendimentos entre sulistas e nortistas vinham desde a Revolução Americana de 1776, pois o Norte, no início da democracia americana, era menos favorecido economicamente, basicamente era uma população mais pobre, mais miscigenada e rústica, portanto, mais sensível quanto aos preceitos do “ter” e do “ser”.

A cultura nortista era menos tradicionalista, menos aristocrática, muito trabalhadora e ambiciosa. Esta cultura foi o principal fator do desenvolvimento econômico espetacular do Norte desde a independência dos Estados Unidos até a década de 1850.

A escravidão no período pré-Guerra

Em tempos coloniais, os americanos viam a escravidão como um mal necessário. Quando os Estados Unidos tornaram-se independentes, os poucos abolicionistas da época pressionaram o governo do país a abolir a escravidão na primeira Constituição do país, mas não tiveram sucesso.

No começo do século XIX, vários nortistas começaram a ver a escravidão como errada, desnecessária e imoral ao país, e muitos deles começaram a advogar idéias abolicionistas. Uma minoria dos sulistas, por sua vez, também possuía idéias abolicionistas.

Porém, a maioria da população do Sul não queriam a abolição da escravatura. Cerca de 11,8% – 90% concentrada nos Estados do Sul – de toda a população dos Estados Unidos era composta por afro-americanos e seus descendentes, mão de obra forte, saudável, obediente e barata.

A maioria dos sulistas lucravam muito com a escravidão, onde esta fazia parte da cultura local. Cerca de um terço da população branca do Sul era um membro de uma família dona de escravos. Cerca de metade destas famílias tinham entre 1 a 5 escravos, e 1% tinham mais de 100.

Mesmo muitos sulistas que não possuíam escravos eram a favor da escravidão. As idéias de que a economia da região entraria em colapso e de que negros são inferiores aos brancos eram amplamente aceitas no Sul.

Em 1850, um grupo de atos, os Compromissos de 1850, foram aprovados pelo Congresso americano, em uma tentativa em solucionar os atritos entre o Norte e o Sul. Os Compromissos permitiriam a continuidade da escravidão, mas proibiriam-na no Distrito de Columbia.

O Compromisso admitiria a Califórnia à União como um estado livre (onde a escravidão seria proibida), mas permitiria a escravidão em territórios recentemente adquiridos ou criados, bem como o direito de decisão entre a permissão ou a proibição da escravidão.

Em 1854, o Ato de Kansas e Nebraska foi aprovado pelo Congresso, novamente, em uma tentativa do governo americano em tentar solucionar os atritos entre o Norte e o Sul. O Ato criou os territórios de Kansas e de Nebraska, e permitia a escravidão nestes dois territórios. O Ato também especificava que, caso um território fosse elevado à categoria de Estado, sua população teria o direito de votar a favor ou contra a continuidade da escravidão.

Porém, muitos nortistas opuseram-se a este Ato, alegando que, uma vez que a escravidão estivesse bem fincada em um território, estaria ali para ficar. Em 1856, a maioria da população de Kansas votou contra a escravidão, mas grupos pró-escravidão recusaram-se a aceitar a decisão, e, logo, revoltas populares surgiram no Estado. Ainda no mesmo ano, um senador abolicionista foi espancado até ficar inconsciente por um representante do Sul. Em 1861, o Kansas juntou-se à União como um Estado livre.

A Decisão de Dred Scott foi um caso judicial julgado pela Suprema Corte. No caso, Dred Scott, um escravo, reindivicava por liberdade, alegando que já havia morado em um território livre. Porém, a Suprema Corte decidiu que ele, como escravo, era propriedade. Além disso, a Suprema Corte alegou que negros não podiam ser considerados cidadãos americanos. Esta decisão gerou grande controvérsia e raiva no Norte.

Em 1858, o senador William Seward, que posteriormente tornar-se-ia o Secretário de Estado de Abraham Lincoln, caracterizou as diferenças entre o Norte e o Sul como um “conflito irreparável”. O motivo deste conflito, segundo Seward, era a escravidão.

Em 1859, um abolicionista extremista, chamado John Brown, e seguidores, tentaram iniciar uma rebelião de escravos em um vilarejo da Virgínia Ocidental. Brown, porém, foi capturado um dia depois. Foi julgado e condenado à morte por enforcamento, culpado de traição. Vários sulistas viram este ato como uma ação do Norte como uma tentativa de acabar com a escravidão através da força.

A escravidão e a política

O Ato de Kansas e Nebraska gerou raiva e discórdia entre a população do Norte, especialmente entre o Partido Republicano. Os republicanos eram contra a escravidão, bem como sua expansão a outros territórios dos Estados Unidos. Entre os principais membros do partido estava Abraham Lincoln.

Em 1858, o Partido Democrata ficou dividido na criação de uma constituição de que habitantes pró-escravidão do território de Kansas esperavam adotar quando Kansas se tornasse um Estado. Porém, os líderes do partido tomaram posições opostas na constituição.

Alguns era a favor da escravidão, outros contra. Esta controvérsia fez com que o partido fosse dividido em dois ramos em 1860, um nortista, pró-abolicionismo, e outro sulista, pró-escravidão.

Os republicanos escolheram Lincoln como seu candidato nas eleições presidenciais de 1860. Abraham Lincoln, em sua campanha eleitoral, afirmou que os Estados Unidos não podiam viver eternamente, “metade livre, metade escrava”, desencadeando sentimentos havia muito reprimidos pelos sulistas e nortistas.

O partido democrata, dividido em dois, tinha dois candidatos, um a favor da escravidão e outro contra. Lincoln acabou vencendo as eleições em todos os Estados livres excepto na Nova Jérsia. Porém, apenas 39% da população do país havia votado em Lincoln, tendo vencido por ter uma pluraridade de votos do colégio eleitoral americano.

Quase nenhum dos votos do colégio eleitoral era procedente do Sul. Lincoln não foi nem colocado na votação como candidato em nove Estados da região. Os sulistas temiam que Lincoln impusesse mais restrições à prática da escravidão, ou mesmo sua abolição.

Por fim, durante o final da década de 1850, a maioria do Senado americano passou a ser formada por nortistas. O balanço político entre o Norte e o Sul, anteriomente balanceado somente por causa do número igual de Estados escravistas e abolicionistas, fora quebrado ao longo da década de 1850, após a sucessiva elevação de três territórios à categoria de Estado abolicionista.

Uma vez que os sulistas já eram minoria na Câmara dos Representantes, por causa da maior população do Norte, os sulistas enfrentavam o risco de tornarem-se uma minoria perpétua em ambas as câmaras do Congresso, e assim, não mais podendo defender tarifas protecionistas, que provocariam estragos na economia do Sul, dependente de material industrializado procedente da Inglaterra, nem mais o uso da escravidão.

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