Letra Feia Pode Eliminar Candidato

Nas provas dissertativas dos vestibulares, segundo os coordenadores, quando a letra é ilegível, não há como os corretores darem uma nota, a não ser o zero. Mesmo assim, de acordo com eles, o vestibulando que não tem uma letra bonita não precisa se desesperar – a banca tentará entender o que o candidato quis dizer. “Se der para ler, tudo bem.
Faremos um esforço hercúleo para entender o que está escrito. Se um corretor não entende, passa para outro ou acaba circulando na banca. Só se ninguém entender acaba zerando”, disse Leandro Tessler, coordenador-executivo do vestibular da Unicamp, que assume também ter letra feia.
Aquela acabou zerando”, disse Tessler. Já na Fuvest, a vice-diretora-executiva, Maria Thereza Fraga Rocco, não se recorda de redações chegarem ao ponto de serem anuladas. “Em geral, os vestibulandos procuram fazer uma boa letra. A Fuvest não leva em consideração a qualidade da letra, mas deseja algo legível”, disse ela.
“Se o primeiro corretor não entender a letra, ele chama o coordenador da banca. Ainda assim, há o segundo corretor. Caso haja dois zeros, automaticamente vai para um terceiro corretor. Ou seja, para anular, pelo menos quatro pessoas têm de ser incapazes de entender a letra do candidato.”
Apesar de dizer que teoricamente a letra não tem impacto na nota, Prado afirma que “subliminarmente” pode influir na correção. “Caligrafia não é objeto de avaliação, mas, quando se pega um texto em que a leitura flui, há uma empatia maior do corretor.”
Tornando legível.
A solução encontrada por Humberto para tornar mais legíveis seus “hieróglifos” nos vestibulares é escrever mais devagar, recomendação principal dada pelos coordenadores dos processos seletivos. De acordo com Humberto, uma redação que ele levaria uma hora para fazer acaba demorando meia hora a mais. Outra solução tentada por ele, sem sucesso, foi a letra de forma.
“Ficou pior ainda”, disse. Caso o aluno prefira, os coordenadores afirmam não haver problemas em escrever com letra de forma. O vestibulando pode também testar sua caligrafia com amigos e professores, vendo se eles conseguem entender o que está escrito.
Velocidade.
De acordo com ela, caso a pessoa, mesmo fazendo um texto com calma, não consiga fazer algo legível, deve procurar ajuda. Simone diz que a escrita depende da chamada coordenação motora fina, que envolve a apreensão do lápis (segurá-lo) e a pressão sobre o papel. Se a pessoa não desenvolve isso, é comum ter letra ruim. “Há o problema de exposição à escrita. Crianças que não são estimuladas a escrever não desenvolvem a motricidade fina.”
Abreviaturas.
Culpa de letra feia também é do professor, diz pesquisador.
Esse é um dos motivos de atraso nas correções.” Para ele, uma das causas é a tolerância dos professores. “Tem professor que diz que letra é marca de personalidade, mas há coisas que são essenciais. O “m” e o “n” não podem ter pontas para não confundir com o ‘u’.” Para ele, quando se torna ilegível, a escrita perde sua função.
“A função da escrita é comunicar. Se alguém fala com algo na boca, a outra não entende. Com a escrita é o mesmo. A banca é o receptor, mas, se não tem como entender, deixa de ser comunicação.”


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