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SDP: SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DO PROFESOR

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A SDP (Síndrome de Dependência do Professor) não é um problema médico, mas sim um problema educacional. Vou contar-lhe um “causo” para explicar a SDP: Jeremias (nome fictício) era um jovem muito capacitado, mas tinha 22 anos de idade e tentava ingressar fazia cinco anos na carreira médica, prestando vários vestibulares diferentes, sem sucesso. Não se conformava com outra profissão, porque ser médico era seu sonho.

Os professores do cursinho eram muito bacanas e solícitos, davam excelentes aulas. Jeremias assistia a elas, aprendia, compreendia, resolvia exercícios cabeludos, mas não fixava a matéria. O que havia de errado? O rapaz era inteligente, os professores, gente fina, o cursinho tinha estrutura adequada e acima da média. Onde estava o problema, então? Por que não conseguia entrar na faculdade de medicina?

Resposta: Jeremias aprendia, mas não apreendia. Entendia a matéria, mas não conseguia retê-la o suficiente para aplicar no vestibular. Memória fraca? Não! SDP! Estava viciado em professor. Ficou acostumado a raciocinar melhor com a presença de um mestre.

Resolvia muitos exercícios durante as aulas, mas não tinha a mesma produtividade no vestibular, situação em que a SDP se manifesta com toda a sua florida sintomatologia e terríveis conseqüências.

Fixamos a matéria, de forma definitiva, somente quando quebramos a cabeça sozinhos, contando somente com a ajuda do velho e bom Deus. A presença de um professor aumenta a velocidade de resolução dos exercícios, é confortável e pouco estressante.

Mas, dessa forma, retemos pouco a teoria. Aprendemos para valer quando sofremos derrotas, perdendo um tempão, quando a questão nos dá um nó mental, um verdadeiro tilt no cérebro. O aprendizado realmente eficaz é o estudo individual, mas seu custo emocional pode ser alto e, justamente, por isso, para não sair de sua zona de conforto, o vestibulando tende a evitá-lo.

As matérias de que melhor me recordo foram aquelas aprendidas e apreendidas na marra, durante longas sessões de esquentação de cuca, sem a intervenção do professor. Seriam, então, os professores totalmente dispensáveis? Não, não quis dizer isso. Os mestres são catalisadores da obtenção de conhecimento e 99,99% são boas influências sobre os jovens.

Mas só aquele “giz e saliva” não é suficiente; o aluno precisa estudar sozinho, tendo seus valiosos insights: “arrah! Agora compreendi esse balacobaco de vez. Puxa vida, agora sim, nunca mais me esqueço dessa matéria. Vou-me lembrar dela mesmo quando tiver meus 90 anos de idade.”

As aulas práticas de laboratório são muito úteis para atingir esse aprendizado ideal, mas quais são os cursinhos ou escolas públicas que ministram essas aulas práticas? Você já viu algum cursinho ou grupo escolar do governo com aqueles laboratórios bem equipados de Física, Química e Biologia existentes nos colégios particulares?

Essa ausência de laboratórios é um dos vários fatores que tornam a didática das escolas particulares de segundo grau a melhor que existe aqui no Brasil. Pena que poucas pessoas tenham acesso ao sistema privado de ensino; os mais humildes têm de se virar num sistema público deficiente, não obstante certas ilhas de excelência que conseguem fazer muito com as poucas verbas existentes.

Os alunos das escolas públicas são heróis, porque viram-se em sujas salas de aula infiltradas de água, com falta de carteiras, má iluminação. A insegurança é a regra, a disciplina, frouxa, há problemas sérios com tráfico de drogas, o ambiente, pouco estimulante.

Os professores e diretores, apesar da dedicação, recebem pouco, trabalham feito uns camelos e mal têm tempo para se reciclar e preparar as aulas. O melhor que o estudante dos grupos escolares pode fazer é tornar-se independente desse sistema falido e rachar sozinho em casa, lendo bons livros, freqüentando boas bibliotecas, etc. Mas o rabudo que estuda num ótimo colégio particular ou num cursinho deve também embarcar nessa onda, como medida preventiva para evitar a SDP – Síndrome de Dependência do Professor…

Já fui uma vítima da SDP; é por isso que a conheço tão bem. Fez-me ir mal em Física uma vez no vestibular e, com raiva, constatei que ficara viciado em professor e tomei a iniciativa de ir além daquele trivial feijão com arroz ensinado nas escolas. A SDP tem cura, graças a Deus, e o tratamento consiste em ministrar doses generosas de self reliance, ou seja, confiança em si mesmo para agir sozinho, sem depender de ninguém. Por mais legal e atencioso que seja o professor. :0)

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