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História

Expansão Marítima Europeia: Resumo, Motivos e Contexto Histórico

25 de setembro de 2015
Navios antigos navegando a partir da Europa, representando a expansão marítima.
Imagem do autor
Escrito porBárbara Liz

O processo de colonização europeia da América, entre os séculos XVI e XVIII, está intimamente ligado à expansão marítima e comercial, ao fortalecimento das monarquias nacionais absolutas e à política mercantilista.

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Na expansão europeia, a partir do século XV, encontramos na história, o pioneirismo das nações ibéricas, Portugal e Espanha, ambas, foram as primeiras nações a lançarem-se nas Grandes Navegações. Suas nobrezas, estavam fortalecidas e conseguiram financiar o projeto de expansão marítima. 

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Quer saber mais desta longa viagem na história? Segue a leitura que este artigo foi feito para você.

Resumo Detalhado sobre a Expansão Marítima Europeia

Pergaminho com mapa marítimo, ilustrando o resumo da expansão marítima europeia.

Nos séculos XV e XVI, a Europa testemunhou uma era de descobertas e explorações sem precedentes, conhecida como expansão marítima.

Liderados por nações como Portugal e Espanha, os europeus embarcaram em jornadas oceânicas em busca de novas rotas comerciais, territórios desconhecidos e ricas especiarias.

Essas explorações não foram apenas movidas por desejos econômicos, mas também por impulsionadores políticos, religiosos e culturais. Como resultado, novas terras foram descobertas, colônias estabelecidas e rotas marítimas dominadas.

Mais tarde, países como França, Inglaterra e Holanda também ingressaram nesta corrida marítima, alterando significativamente a dinâmica geopolítica da época.

Este período, além de impulsionar o imperialismo europeu, teve vastas consequências, desde a mistura de culturas até a intensa exploração econômica, moldando o mundo como o conhecemos hoje.

O Contexto Histórico da Expansão Marítima

A expansão marítima europeia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVIII, contribuiu para que o continente europeu superasse a crise gerada ao longo dos dois últimos séculos – XIV e XV -, provocada, principalmente pela fome, que assolava a Europa devido às mudanças climáticas, dentre outros fatores.

A crise neste período também era marcada pela violência das guerras, sendo a mais famosa, a ”Guerra dos Cem Anos”, conflito entre os ingleses e franceses que durou de 1337 a 1453. 

Por outro lado, a  peste negra foi outra “praga” que havia assolado o continente nesta época, provocando a morte de mais de 50 milhões de pessoas.

Então, por meio das Grandes Navegações, há uma grande expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais no continente europeu.

Neste momento, inicia-se o contato comercial entre todas as partes do mundo – Europa, Ásia, África e América – tornando possível a construção de uma história em escala mundial, favorecendo a ampliação dos conhecimentos geográficos, e o contato entre diferentes culturas.

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Motivações Principais da Expansão Marítima Europeia

Bússola, coroa, cruz e livro representando as motivações da expansão marítima.

A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, por esse motivo, tem-se a definição deste processo como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial, entre seus fatores essenciais, estavam as formações de Estados Nacionais.

Razões Econômicas para a Expansão Marítima

Dentre os motivos econômicos para esta expansão, podemos citar:

  • a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; 
  • a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas;
  • o rompimento do monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo ­que contribuiu para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; 
  • a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, que encareceu ainda mais os produtos vindos do Oriente.

Influências Políticas na Expansão Marítima

  • Formação do Estado Nacional e a centralização política: as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político. Nesta época, era necessária uma complexa estrutura material de navios, armas, homens e recursos financeiros.
  • Além disso, a aliança entre rei e burguesia possibilitou o alcance desses objetivos, tornando viável a expansão marítima.

Impulsos Religiosos na Expansão Marítima

  • A expansão marítima possibilita a conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.

Contribuições Culturais e Avanços Técnicos

A expansão marítima também só foi possível devido aos avanços técnicos na arte aeronáutica, que se deu através do:

  • aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; 
  • desenvolvimento de instrumentos náuticos – bússola, astrolábio, sextante – e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as caravelas.

Fatores Sociais que Impulsionaram a Expansão

  • O enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.

Expansão Ultramarina e Suas Potências Europeias

Mapa náutico antigo com ícones de navegação representando a expansão marítima das potências europeias.

A Jornada de Portugal na Expansão Marítima

Portugal, foi a primeira nação a realizar a expansão marítima, devido ao fato do país contar com uma posição geográfica privilegiada, além de uma paz interna e a presença de uma forte burguesia mercantil.

O pioneirismo português também é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações. A formação do Estado Nacional português está relacionada à “Guerra de Reconquista”, uma luta entre cristãos e muçulmanos pela península Ibérica.

A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha (a partir de 1143), caracterizada pelo processo de expansão territorial interna, e entre os anos de 1383 e 1385, o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis, que realiza a centralização do poder político.

Esta centralização se deu por meio da aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal ou como chamamos, expansão marítima.

A expansão marítima portuguesa, não interessava apenas a monarquia, que buscava seu fortalecimento, mas também a nobreza, interessada na conquista de terras e a Igreja Católica, que via a expansão como possibilidade de catequizar outros povos. 

O crescimento territorial também era interesse da burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros. Confira adiante, as principais etapas da expansão de Portugal:

  • 1415 – tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África.
  • 1420 – ocupação das Ilhas da Madeira e Açores no Atlântico.
  • 1434 – chegada ao Cabo Bojador.
  • 1445 – chegada a Cabo Verde.
  • 1487 – Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas.
  • 1498 – Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute).
  • 1499 – viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.

O Papel da Espanha na Expansão Ultramarina

A Espanha seria um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão, membros de dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra da Reconquista.

No ano de 1492, o último reduto mouro, Granada, foi conquistado pelos cristãos. Mesmo ano em que Cristóvão Colombo oferece seus serviços aos reis da Espanha, pois acreditava que navegando para o Oeste, atingiria o Oriente.

O navegante Colombo, recebeu três navios e sem saber, chegou a um novo continente, a América. 

Confira a seguir, a principais etapas da expansão espanhola:

  • 1492 – Chegada de Colombo à América.
  • 1504 – afirmação por Américo Vespúcio de que a terra descoberta por Colombo era um novo continente.
  • 1519 a 1522 – Fernão de Magalhães realiza a primeira viagem de circunavegação do globo.

Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar em 1494, o acordo conhecido como Tratado de Tordesilhas. O tratado traçava uma linha de demarcação meridional a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde, dividindo os territórios. 

Ao leste do meridiano, as terras pertenceriam a Portugal e ao oeste, à Espanha, o que não foi bem aceito pelas demais nações europeias.

A Contribuição Francesa à Expansão Marítima

O atraso na centralização política justifica o atraso de França, Inglaterra e Holanda na expansão marítima. Além disso, era de esperar que seus governos recusassem o reconhecimento da partilha de terras pelas nações ibéricas, de forma que iriam em busca da conquista de novos territórios.

Ademais, França e Inglaterra haviam se envolvido na Guerra dos Cem Anos e, após este longo conflito, a nação francesa, enfrentava um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483). Somente após esses conflitos, sob o reino de Francisco I, a França iniciou sua expansão marítima.

Inglaterra e Seu Envolvimento Marítimo

Além de ter se envolvido na Guerra dos Cem Anos com a França, após essa batalha, a Inglaterra passa por uma guerra civil, a Guerra das Duas Rosas (1455-1485). Assim, apenas durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603), que os ingleses iniciam sua expansão marítima.

Holanda: Potência Marítima em Ascensão

A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol, posto isso, apenas após o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência, é que os Países Baixos iniciaram sua expansão marítima.

Consequências da Expansão Marítima na Europa

As Grandes Navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade, houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra, e uma verdadeira Revolução Comercial a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos. 

Confira adiante, alguns dos principais efeitos da expansão marítima:

  • Decadência das cidades italianas;
  • Mudança de eixo econômico, do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico;
  • Formação de um Sistema Colonial;
  • Enorme afluxo de metais para a Europa proveniente da América;
  • Retorno do escravismo em moldes capitalistas;
  • Eurocentrismo ou a hegemonia europeia sobre o mundo;
  • Processo de acumulação primitiva de capitais, originado na organização da formação social do capitalismo.

O Legado das Colônias e a Era do Imperialismo

Globo destacando colônias europeias, representando o legado imperialista da expansão marítima.

Imperialismo foi a política de expansão territorial, bem como sua dominação e influência política, militar, econômica e cultural implementadas por Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda após a expansão marítima.

No conjunto de relações, que ficou conhecido como Sistema Colonial, as colônias, zonas ocupadas pelas nações europeias, foram dominadas e ficaram subordinadas às metrópoles (países colonizadores).

Com a intenção de explorar  os países colonizados, os imperialistas construíram em seus territórios, estradas de ferro e criaram empresas industriais, que asseguraram o abastecimento de matérias-primas e gêneros alimentícios as metrópoles, usando muitas vezes, da mão de obra escrava.

Contudo, essas nações, interessadas na manutenção do atraso econômico das colônias, não deixaram elas se desenvolverem, e elas sem autonomia para se desenvolverem sozinhas, continuaram sendo países agrários.

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Expansão Marítima: Perguntas Frequentes

Livro com ícones de interrogação representando as dúvidas frequentes sobre a expansão marítima.

Que foi a expansão marítima?

A expansão marítima foi um movimento dos séculos XV e XVI onde países europeus exploraram terras desconhecidas em busca de novas rotas comerciais e riquezas.

Qual foi o motivo da expansão marítima?

Os principais motivos foram a busca por riquezas, especiarias, rotas comerciais, expansão territorial, motivos religiosos e domínio político.

Como foi o processo da expansão marítima?

Iniciado por Portugal e Espanha, o processo envolveu viagens de exploração, estabelecimento de colônias e domínio de rotas marítimas.

Quais foram os países que participaram da expansão marítima?

Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda foram as principais potências na expansão marítima europeia.

Quais são as principais consequências da expansão marítima?

A expansão levou à descoberta de novas terras, influência cultural, exploração econômica, colonização e o início do imperialismo europeu.


Confira abaixo, alguns exercícios para fixar o conteúdo em sua mente:

1 – (PUC – Campinas) O processo de colonização europeia na América entre os séculos XVI e XVIII, está ligado à:

a) Expansão comercial e marítima, ao fortalecimento das monarquias nacionais absolutas e à política mercantilista.

b) Política imperialista, ao fracasso da ocupação agrícola das terras e ao crescimento do comércio bilateral. 

c) Criação das companhias de comércio, ao desenvolvimento do modo feudal de produção e à política liberal.

d) Política industrial, ao surgimento de um mercado interno consumidor e ao excesso de mão-de-obra livre.

2 – Portugal e Espanha foram as primeiras nações a se lançarem nas Grandes Navegações, isto deve-se ao fato:

a) da enorme quantidade de capitais acumulados nestas duas nações desde o renascimento comercial na Baixa Idade Média.

b) do processo de centralização política favorecido pela Guerra de Reconquista.

c) de que diferentemente de outras nobrezas, a nobreza portuguesa e espanhola estavam fortalecidas e conseguiram financiar o projeto de expansão marítima.

d) do desenvolvimento industrial da península Ibérica, que forçou estas nações a buscarem mercados consumidores e fornecedores.

3 – Dentre as consequências da expansão marítima, não encontramos:

a) a formação do Sistema Colonial.

b) a expansão do regime assalariado da Europa para a América.

c) o início do processo de acumulação de capitais, impulsionando o modo de produção capitalista.

d) a introdução do trabalho escravo na América.

Respostas:

1 – A

2 – C

3 – B

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