A importância de planejar as aulas
Um jornalista que não organiza as perguntas para uma entrevista jamais
montará uma boa reportagem. Se um advogado não estuda com atenção um
processo, só por sorte ganhará a causa.
E o professor… O professor você sabe, desenvolve aulas melhores quando
prepara de antemão um plano com o que vai apresentar na classe. Se o
planejamento está (ou deveria estar) incorporando à rotina, porque
deveríamos tratar desse tema? E porque os professores estão sendo
solicitados a produzir planos de aulas mais abrangentes e flexíveis.
Tomemos como exemplo a interdisciplinaridade, que coloca em torno de
uma mesa mestres de variadas especialidades, e a conteúdos escolares de
acordo com a realidade. Tais recursos pedagógicos, cada vez mais
adotados, só terão sucesso se escorados em bons planos de aula. O que se
propõe é uma reflexão sobre a sua rotina de trabalho.
O jornalista tem chance de rever seu erro na edição seguinte. Um
advogado sempre pode apelar de uma sentença desfavorável. Mas os
professores correm mais riscos: a chance de usufrui um daqueles momentos
mágicos em que os alunos abrem os olhos e o coração para o aprendizado
pode não se repetir.
E para sintetizar, dá uma boa aula, mistura disposição,
sensibilidade, talento, adequação a realidade dos alunos e especialmente
uma boa dose de planejamento. O planejamento é o meio para se programar
as ações docentes, mas também um momento de pesquisa e reflexão íntimo
ligado à avaliação. Por essa razão o planejamento é uma espécie de uma
garantia de resultados.
E sendo a educação uma atividade sistemática, uma organização da
situação de aprendizagem necessita evidentemente de um planejamento para
atender o que dela se espera. Boa aula é aquela que oferece um
equilíbrio, entre o aprendizado significativo e mecânico, embora o
indispensável, fique subordinado ao significativo. Por isso é preciso
planejar as aulas com cuidado.
O resultado do improviso pode ser um desastre.
Assistir a uma aula mal planejada é abrir um livro escolhendo os
capítulos ao acaso. O plano é uma guia de orientação, pois nele são
estabelecidas às diretrizes e os meios de realização do processo
docente. Como a sua função é fria e prática, ele tem que ser flexível,
pois está sempre em movimento está sempre sofrendo modificações face às
condições reais.
Deve haver objetividade e entendermos a correspondência dos planos com a realidade a que vai aplicar-se. NÃO ADIANTA PREVISÕES fora das possibilidades humanas e materiais da escola, contudo fora das condições dos alunos.
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