FIES: Novas regras dispensam fiadores e prevêem a prorrogação de prazos
O
Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) agora
dispõe de um fundo de garantia que dispensa o fiador para os novos
contratantes, o que vai permitir que mais pessoas de baixa renda tenham a
oportunidade de cursar a universidade.
A medida foi anunciada
pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta
quarta-feira, 20. Com o Fundo de Garantia de Operações de Crédito
Educativo (Fgeduc), podem abrir mão de fiadores os estudantes que tenham
renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio, os
matriculados em cursos de licenciatura e os bolsistas parciais do
Programa Universidade para Todos (ProUni) que optem por inscrição no
Fies no mesmo curso em que são beneficiários da bolsa.
“Conseguir
fiadores é muito difícil, em qualquer camada social; as pessoas têm
medo de assumir responsabilidades pelo outro, mesmo entre amigos”,
salientou o presidente. Com as recentes mudanças no Fies e outras ações
em curso, como Prouni e expansão das instituições federais, Lula disse
acreditar que o país está no caminho da universalização do ensino
superior.
Para recorrer ao fundo, o estudante deve, no momento da
inscrição, optar pela nova modalidade e verificar se a instituição na
qual pretende ingressar também aderiu. A adesão das instituições
participantes do Fies ao Fgeduc é voluntária, pelo Sistema Informatizado
do Fies (SisFies).
O Fgeduc será composto por recursos do
Tesouro Nacional e por parte dos títulos transferidos pelo Fies a
instituições participantes. Independentemente do agente financeiro
escolhido pelo estudante, pode ser feita a opção pelo fundo garantidor.
São agentes financeiros do Fies a Caixa Econômica Federal e o Banco do
Brasil.
Renegociação — Outra medida anunciada
por Lula permite a renegociação dos contratos antigos e a prorrogação do
prazo de quitação. Os estudantes que tenham firmado contrato com o Fies
até 14 de janeiro deste ano podem pedir a revisão do prazo total de
quitação para até três vezes o período de utilização do financiamento,
acrescido de 12 meses. Essa regra já vale para os contratos firmados
desde janeiro, quando foram publicadas as mudanças no fundo.
Para verificar o novo valor da parcela, um simulador estará disponível na página eletrônica do Fies a partir desta quinta-feira, 21.
O pedido de renegociação deve ser feito pelo estudante no SisFies. Em
seguida, precisa ser formalizado pelo estudante e por seu fiador na
agência bancária na qual a operação foi contratada (com a apresentação
da documentação exigida) por meio de termo aditivo ao contrato.
Podem
renegociar contratos os estudantes que estiverem nas fases de
amortização 1 e 2 do financiamento e que paguem prestações de valor
superior a R$ 100. Tanto os adimplentes quanto os inadimplentes podem
pedir o benefício. Para o cálculo do novo prazo, será deduzido o período
de amortização transcorrido até a data da formalização do pedido.
“Com
essas novas regras do Fies, fechamos a reforma do fundo. Agora, só não
vai estudar quem não quiser”, afirmou o ministro da Educação, Fernando
Haddad. Segundo ele, ações como o Fies, o Prouni, o Programa de Apoio a
Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni),
os institutos federais e a Universidade Aberta do Brasil (UAB) dão a
possibilidade concreta de alcançar 10 milhões de universitários em
alguns anos. Hoje, o país tem 6,5 milhões.
Histórico —
O Fies existe desde 1999. Em janeiro deste ano, foi reformulado para
facilitar o acesso. Com as novas regras, os estudantes podem pedir o
financiamento em qualquer época do ano e etapa do curso. Os juros
baixaram para 3,4% ao ano e o prazo para quitação do empréstimo passou
de duas para até três vezes o tempo de duração do curso, acrescido de 12
meses.
O número de contratos firmados a partir das mudanças
comprova que o acesso ao Fies foi ampliado. Somente este ano, foram
firmados 58 mil — em 2009, foram 32 mil.
Movimentos estudantis
– Tanto o presidente Lula quanto o ministro Haddad crêem que o diálogo
com entidades e movimentos estudantis, como a União Nacional dos
Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(UBES), entre outras, tiveram valor na construção das recentes ações na
educação superior.
No caso do financiamento estudantil, por
exemplo, representantes do movimento Fies Justo, levaram propostas a
dirigentes do MEC e parlamentares. Daniela Pellegrini, fundadora da
organização, se diz satisfeita com os avanços alcançados. “As novas
medidas referentes ao Fies são fruto da demanda dos estudantes”,
ressaltou. A jovem, já formada, foi uma das que se beneficiaram pela
redução dos juros, por exemplo. “De R$ 700, passei a pagar R$ 300”,
contou.
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