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Biologia

Gripe

23 de outubro de 2008
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Escrito porRedação

A gripe costuma ser uma doença bastante comum e simples. Nós pegamos gripe várias vezes ao longo de nossa

vida, às vezes até mais de uma por ano. Mas o que muita gente não sabe

é que a gripe, apesar de ser considerada “simples”, é uma das mais

perigosas viroses humanas! Vamos entender o porquê disso?

O Vírus:

A gripe é causada por um vírus chamado de “Influenza“. Trata-se de um vírus de RNA de fita simples, envolvido por uma capa protéica helicoidal englobada por um envelope lipoprotéico. Traduzindo: em vez de possuir DNA em seu interior, como a maioria dos vírus, ele apresenta um filamento único de RNA. Tal fato lhe confere uma terrível propriedade: ele se torna um vírus mutante. Enquanto o DNA possui uma grande estabilidade, o RNA

sofre mutações facilmente. Por isso, esses vírus estão sempre se

“transformando”, o que dificulta o nosso organismo de combatê-los. Para

entender melhor: Se você é infectado por um vírus Influenza

do tipo “X”, ao combatê-lo, você adquire imunidade contra esse vírus do

tipo “X”. Mas se esse vírus sofre uma mutação e vira “Y”, o seu

organismo não mais o reconhece e você adquire novamente a doença.

Entendem o porquê de pegarmos tantas gripes ao longo da vida? Cada

gripe é única! Nunca pegamos duas vezes a mesma gripe…

Existem 4 tipos principais de vírus Influenza: A, B, C e Thogotovírus. Os vírus são identificados pelas glicoproteínas que apresentam em seus envelopes lipídicos. Existem 2 tipos de glicoproteínas: as Hemaglutininas (HA) e as Neuraminidases (NA). O vírus do tipo A, por exemplo, tem 16 subtipos de HA e 9 subtipos de NA. Atualmente

apenas os subtipos H1 e H3 e N1 e N2 estão circulando em humanos. Há

outros subtipos circulando na natureza em animais, como aves e

mamíferos.

Esquema mostrando a estrutura de um vírus Influenza. O RNA fica no centro, envolvido por um capsídeo protéico (Capsid), e em seguida por um envelope lipoporotéico (lipid envelop). Observem ainda as glicoproteínas hemaglutininas e neuraminidases.

As Vacinas:

Não

é possível colocar todos os subtipos de vírus numa vacina. Elas são

normalmente fabricadas com os vírus que tiveram maior circulação no ano

anterior. No caso do Brasil, os que tiveram maior circulação no

Hemisfério Sul no ano anterior. As amostras incluídas nas vacinas são

feitas 2 vezes por ano pela OMS: uma em fevereiro para as vacinas de

inverno no hemisfério norte, e outra em setembro para as vacinas de

inverno no hemisfério sul. As vacinações são feitas no período de

inverno, pois é quando a população passa mais tempo em ambientes

fechados, por causa do frio, aumentando a transmissão do vírus de uma

pessoa a outra. A vacina contra gripe obrigatória em idosos aqui no

Brasil se deve ao fato de que nesta idade há um risco maior da gripe

evoluir para pneumonia.

Epidemias:

As epidemias de gripe ocorrem quase que anualmente. Normalmente elas surgem na Ásia, chegam à Europa em cerca de 6 meses, demoram

mais uns 6 a 9 meses para chegar nos EUA e mais vários meses para

atingir o Brasil. Conforme a população vai se tornando imunizada, o

subtipo viral

responsável pela epidemia vai diminuindo sua ocorrência. É interessante

notar que um dos últimos lugares a ser atingido por uma epidemia é

justamente o Brasil, o que nos dá a vantagem estratégica de imunizar a

população com antecedência através de campanhas de vacinação.

Gripe Espanhola:

O

grande perigo da gripe, como mencionado, está em sua capacidade de

mutação. De vez em quando, uma dessas mutações é capaz de gerar um

subtipo letal do vírus Influenza. Foi o caso da famosa “Gripe Espanhol” que provocou uma pandemia (epidemia mundial) nos anos de 1918-1919, ao se espalhar

durante a 1ª Guerra Mundial. Calcula-se que metade da população mundial

foi infectada. Registrou-se algo em torno dos 20 a 40 milhões de mortos

no mundo todo em decorrência desta gripe, fazendo dela a mais terrível epidemia da história da humanidade. O vírus da gripe espanhola é do tipo H1N1 (hemaglutinina 1 e neuraminidase também 1).

Fotografia tirada em 1918, mostrando vítimas da Gripe Espanhola.

Gripe Aviária:

Há cerca de uns 3 anos atrás começamos a ouvir falar na “Gripe Aviária” que atingiu o sudeste asiático. As notícias cessaram, mas o vírus provavelmente continua em circulação. A gripe aviária

tem esse nome por atingir basicamente aves como patos, galinhas, etc.

Entretanto, apesar de ser um vírus de aves, há sempre a possibilidade

de, numa das mutações do vírus, ele começar a infectar humanos. E foi

justamente o que aconteceu em 2005: humanos foram infectados com esse

vírus na Ásia. O grande risco de uma infecção como essa é que,

primeiro, os seres humanos não tiveram ainda contato

com esse subtipo, favorecendo uma epidemia, e segundo, que esse

subtipo, o H5N1, é tão letal quanto o da antiga gripe espanhola, H1N1.

E o pior de tudo é que, por ser carregado por aves, eles podem atingir

o globo inteiro rapidamente através de aves migratórias como os gansos. Entendem o perigo dessa gripe?

Mapa mostrando as regiões atingidas pela Gripe Aviária.

Os

especialistas continuam a estudar os tipos de gripe e a buscar vacinas

contra elas. Os preparativos para uma nova epidemia mundial como a de

1918 continuam. Há quem diga que não é uma questão de “se acontecer”,

mas de “quando acontecer”, pois considera-se certa a vinda de uma nova

epidemia dentro de poucos anos. Só esperamos que até lá haja vacinas

suficientes para imunizar a maior parte da população, salvando assim

milhões, ou quem sabe bilhões, de vidas…

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