Para quem quer ser Administrador de empresas
Ele venceu a pobreza e hoje é um executivo bem-sucedido
Um garoto pobre de Curitiba (PR), que virou funcionário de uma
multinacional em São Paulo, e agora vai estudar na Itália por dois anos
com ajuda de uma bolsa. Essa é a trajetória do administrador de
empresas Diego Bergamini, de 24 anos. Quando era criança eram apenas
ele e a mãe. Os dois viviam com R$ 300 mensais. “Minha mãe sempre me
mandou estudar e, mesmo sem saber direito o porquê, foi isso que eu
fiz”. Diego foi indicado pela escola para participar do programa “Bom
Aluno” (www.bomaluno.com.br). Isso aconteceu em 1994, quando ele ainda
estava na quinta série. “No primeiro ano, recebi uniforme e material
escolar. Depois, com a bolsa, tive reforço escolar, fiz curso de inglês
e cursei o ensino médio em uma escola particular. Se não fosse o
programa, dificilmente conseguiria chegar aonde cheguei”, avaliou.
O que é o programa “Bom Aluno”?
O “Bom Aluno” foi criado pela empresa BS Colway Pneus, por meio do
Instituto Bom Aluno do Brasil (IBAB), em 1993. A ONG é de Curitiba e
tem como objetivo proporcionar educação de qualidade a crianças e
jovens carentes que tenham bom desempenho nas redes públicas de ensino.
Atualmente, o programa tem 217 alunos. Os dois empresários queriam
retribuir à sociedade aquilo que conseguiram.
Como você conseguiu ingressar no programa?
Foi uma indicação da escola em 1994. Eu estava na 5ª série do ensino
fundamental e fui convidado a fazer os testes para entrar no programa.
No primeiro ano, recebi material escolar e uniforme. Na 6ª série, tive
aulas de reforço Português e Matemática. No ano seguinte, eles bancaram
o curso de inglês. Isso tudo foi em escola pública e durante todo esse
tempo recebi material escolar. Na 8ª série, fui estudar no Colégio
Apogeo, um preparatório para curso de nível técnico. Optei por não
seguir o nível técnico, e fui estudar o ensino médio em uma escola
particular de Curitiba. Esse período foi todo com a bolsa do “Bom
Aluno”. Fiz curso de inglês todos esses anos.
E a faculdade?
O terceiro ano do ensino médio na escola em que eu estudava era
integrado com o preparatório para o vestibular. Passei em Administração
Internacional de Negócios, na Universidade Federal do Paraná. O curso
tem duração de quatro anos e também fazia curso de Espanhol.
Quais eram os critérios para continuar no programa?
Era necessário tirar, no mínimo 7, em todas as disciplinas, e ter 85%
de frequência escolar. No curso de inglês, a nota exigida era alta.
Como foi o início da sua vida profissional?
Fiz estágio desde o primeiro ano da faculdade. Trabalhei na Volvo e na
Renault. Hoje, sou coordenador de trade marketing da Kraft Foods, em
São Paulo, responsável pelo atendimento do Wall-Mart, a maior rede de
supermercados do mundo.
Por que você resolveu se candidatar a uma vaga de mestrado na Itália?
Porque queria mais, queria mudar. Quando já estava um ano e meio
trabalhando na Kraft queria mudar, pois estava desmotivado. Participei
de uma palestra e descobri o que fazer para estudar na Itália. Tive que
apresentar um certificado de proficiência em inglês. Além da prova,
tive que apresentar todo o meu desempenho escolar. Isso tudo indica se
a gente entra ou não no curso. O exame é todo feito em inglês e
basicamente com questões de Matemática. Consegui a bolsa de estudos
para fazer mestrado em Marketing Management em uma das melhores
universidades do mundo na área, a Università Commerciale Luigi Bocconi,
em Milão, na Itália. Todos que estudam lá fazem essa prova. É bem
difícil, pois ela é elaborada para norte-americanos. Por isso, procurei
uma escola, em São Paulo para me preparar para ela. Nesse meio tempo,
recebi o convite para me transferir para o Estado paulista. Dediquei-me
a esse estudo por cinco meses. Tirei boa nota, apresentei o currículo e
cartas de indicação. Pedi demissão da Kraft, e embarco para Itália no
dia 10 de setembro.
Você já parou para pensar que se não fosse o programa você não conseguiria?
É difícil pensar como seria a minha vida sem o Programa “Bom Aluno”.
Acredito que dificilmente teria essa chance. O programa está na minha
vida desde os 14 anos.
Que dicas você dá para aqueles jovens que têm a mesma origem que você?
Se as coisas são boas, elas são difíceis. Procure ir até o final. Pode até demorar, mas com dedicação é possível conseguir.
Qual a avaliação que você faz da sua vida?
Sou muito feliz com que tenho. O padrão de vida que tenho hoje superou
o que imaginava. Quando criança, éramos somente minha mãe e eu. Ela
ganhava R$ 300,00 por mês e sempre me colocou para estudar e, sem saber
muito o porquê, foi isso que fiz.
Quais são os seus projetos?
Pretendo ter um padrão de vida estável, poder fazer uma viagem
internacional todos os anos e retribuir à sociedade tudo que
conquistei, assim como fizeram os empresários da ONG “Bom Aluno”.
O que você diria para as pessoas que têm a mesma origem que você?
Passei por momentos difíceis. Não importa a condição financeira ou a
classe social, a gente é capaz de tudo, basta ter afinco e correr
atrás. As limitações são impostas pela gente mesmo. Não deixe de
tentar.
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