Formação de publicitários
O que falta na formação dos estudantes para melhor prepará-los para as atividades no mercado publicitário?
Política de estágio
“Não acho que o papel do ensino superior seja simplesmente a
formação de mão-de-obra. Seu papel é, sem dúvida, bem maior: é de levar
o conhecimento em sua forma mais completa a quem o queira, para
aplicá-lo no ofício – ou não. Às agências cabe atrair esses estudantes
e transformá-los em bons profissionais. É isso, o papel de preparar os
profissionais que trabalharão em nosso mercado é das agências de
publicidade: o mercado os qualificará. Posso dizer que mais de 80% do
nosso pessoal, aqui na Verve, é oriundo das universidades. (…)
Chico Gualbernei, da Verve
Parceria
“Em primeiro lugar falta maturidade para esses estudantes, pois a
maioria dos universitários tem atitudes muito imaturas, diria que um
tanto “secundaristas”, o que dificulta ao mercado vê-los como
profissionais em potencial, na verdade um curso do momento. Ao mesmo
tempo as faculdades e universidades não se preocupam tanto em levar aos
estudantes um pouco da prática que é vivida nas agências, veículos de
comunicação e fornecedores, o que é fundamental na hora da escolha do
caminho a ser seguido. Isso tornaria a escolha mais fácil para os
estudantes, como também poderia permitir maior visibilidade aos mesmos
pelo mercado. Para isso acredito que o melhor caminho seria uma
parceria firmada entre universidades e empresas de comunicação com
programas de estágio real e obrigatório. (…)
Paulo Henrique, da PHD Propaganda
Fomentar concursos
“Este assunto sobre formação profissional é bem pertinente, pois,
mesmo com tantos alunos concluíndo seus cursos de comunicação com
habilitação em publicidade todos os anos, o mercado publicitário ainda
está numa batalha de salários para alguns setores. Vejo com bons olhos
um mercado em que existe boa remuneração e uma justa distribuição de
ganhos. Mas, atualmente, parece que a procura ainda está bem além da
oferta de bons profissionais. O mercado local têm crescido muito
profissionalmente e, mais recentemente, quantificadamente. Nossas
agências têm ganho merecido destaque em festivais nacionais e
internacionais, bem como desenvolvido estratégias para grandes
anunciantes de atuação regional e nacional. Mas ainda carecem de oferta
suficiente para atender as demandas de seus quadros funcionais. É bem
verdade que as agências, hoje em dia, contam com uma significativa
ajuda na formação de novos profissionais, vinda dos cursos de
comunicação das inúmeras faculdades. (…)
Duda Brígido, da EBM Novotempo
Potencializar a curiosidade
“Assim como na formação para outras profissões, o estudante de
publicidade padece, antes de tudo, pela falta de preparo no ensino
médio. Entenda-se como falta de preparo a prioridade que o ensino médio
dá ao “passar no vestibular”. No lugar de ler o livro indicado para as
provas, se torna mais fácil ler a apostila com resumos e dicas, ou,
até, alugar o DVD do filme, quando existe. É um pequeno exemplo dos
vícios do ensino médio. A cultura geral, a informação fundamentada, é a
principal matéria-prima do fazer publicitário. (…)
Marcelo Lavor, da Promosell
Partilhar experiências
“Em todos os mercados, grandes ou pequenos, globais ou regionais, o
estudante se defronta com essa realidade: a de pouco preparo para
entrar de vez no mercado com um mínimo de discernimento para os
desafios do cotidiano. Algumas escolas, como a ESPM, a Miami AdSchool
e, aqui no Ceará, a Central Criativa, foram e são experiências que
tentam suprir esta lacuna.
Na verdade, é por aí mesmo que o mercado anda. Em algumas áreas,
como nas artes, no jornalismo, no marketing, na comunicação
publicitária e algumas outras, onde não se deve seguir regras, porque
cada caso é um caso, o ensino e o aprendizado dependem de outros
fatores. E muito, muito mesmo, da capacidade do aluno de criar, de
discernimento. (…)
Luiz Santos, da LS Estratégia
Proximidade do mercado
“Uma grande parte dos estudantes chega nas agências de propaganda
perguntando “como funciona uma agência”, e isso é um indicativo de que
o ensino acadêmico está distante do mercado e os alunos não estão
recebendo o conhecimento básico para iniciar sua carreira profissional.
Provavelmente as faculdades estão cumprindo os programas exigidos para
as disciplinas, mas sem referencial na realidade em que o aluno vai
atuar. Outra questão é que mais de 80% dos estudantes que procuram as
agências querem trabalhar na Criação. Dificilmente aparece estudante
com habilitação para a Mídia, para a Produção, para a Finalização, para
o Planejamento, para o Atendimento, para o Marketing dos clientes.
Todos os estudantes querem trabalhar na Criação. (…)
Bob Santos, da SG Propag
Ir além
“Diante da enorme oferta de cursos universitários de publicidade,
todo ano publicitários são formados sem ter mercado de trabalho. O que
acaba causando a abertura das inúmeras “eugências”. O paradoxo é que ao
mesmo tempo que existem muitos recém-formados, não existe mão-de-obra
qualificada. Encontramos uma grande dificuldade em todos os setores:
criação, mídia, produção, atendimento, para citar alguns. (…)
Raquel Barros, da DEZ Comunicação
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