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Biologia

Órgãos Vegetais: Entenda a Anatomia das Plantas!

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As plantas possuem estruturas fundamentais que garantem sua sobrevivência e crescimento: os órgãos vegetais. Raízes, caules, folhas e flores desempenham papéis cruciais no ciclo de vida das plantas. Neste artigo, exploraremos detalhadamente a função e a importância de cada um desses órgãos, mergulhando na anatomia das plantas para entender como trabalham em conjunto para garantir a vitalidade e a adaptação desses seres vivos.

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O que são Órgãos Vegetais?

Os órgãos vegetais são estruturas fundamentais que compõem as plantas, cada um desempenhando funções específicas para o crescimento, reprodução e sobrevivência da planta. A anatomia de uma planta compreende diferentes órgãos, cada um com características distintas e funções vitais:

  1. Raiz
  2. Caule
  3. Folha
  4. Flor
  5. Fruto

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Raiz

Geralmente localizada abaixo do solo, é responsável pela fixação da planta no solo e pela absorção de água e nutrientes. As raízes também armazenam reservas de nutrientes e água para a planta.

Possui regiões definidas:

  • Coifa: Localizada na extremidade da raiz, a coifa é uma estrutura protetora em forma de capuz que cobre a zona meristemática. Ela ajuda a raiz a penetrar no solo e a proteger as células meristemáticas – células responsáveis pelo crescimento da raiz.
  • Zona meristemática: É uma região logo abaixo da coifa e é composta por células meristemáticas. Essas células têm alta atividade de divisão celular, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento da raiz.
  • Zona de alongamento: Logo após a zona meristemática, as células nesta região se alongam, aumentando o comprimento da raiz. Esse alongamento contribui para a expansão da raiz no solo.
  • Zona pilífera: É a região onde os pelos absorventes das raízes estão localizados. Esses pelos são estruturas microscópicas responsáveis pela absorção de água e nutrientes do solo.
  • Zona das ramificações: É a área onde a raiz se ramifica, formando raízes secundárias. Essas ramificações aumentam a superfície de absorção da raiz, permitindo que a planta absorva mais nutrientes e água.

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Tipos de sistemas radiculares:

Existem diferentes tipos de sistemas radiculares que se adaptam a diversas condições e ambientes. Os principais são:

Raiz pivotante (ou axial): Característica de plantas dicotiledôneas, esse sistema apresenta uma raiz principal que se desenvolve verticalmente, com ramificações laterais menores. É comum em árvores e arbustos.

Raiz fasciculada (ou adventícia)

Presente em plantas monocotiledôneas, como gramíneas e algumas plantas herbáceas, este sistema possui várias raízes finas e sem uma raiz principal dominante. Essas raízes se originam do caule, formando um emaranhado próximo à base da planta.

Raiz napiforme: É uma raiz modificada que se torna mais espessa na região superior e mais estreita na base, assemelhando-se a um nabo. É comum em algumas espécies de plantas como a cenoura e a beterraba.

Raiz tuberosa

Similar à raiz napiforme, a raiz tuberosa é uma raiz modificada que armazena reservas de nutrientes e água. Ela é caracterizada por ser mais espessa e armazenar grande quantidade de energia, como as raízes de batata-doce e mandioca.

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Caule

Presente nas plantas, o caule é o órgão responsável por conectar as raízes às folhas, flores e frutos da planta. Essa ligação é viabilizada pela existência de vasos condutores, como o xilema e o floema, que conduzem os nutrientes e outras substâncias pelo corpo vegetal.

Pode ser lenhoso (como em árvores) ou herbáceo (como em plantas mais flexíveis).

Tem função de realizar reservas de substâncias e energia e pode ser fotossintético também. Possui estruturas próprias, como:

  1. Nós: São as áreas do caule onde as folhas, ramos ou estruturas similares se prendem. Os nós são pontos de crescimento onde as folhas são ou foram anexadas.
  2. Entrenós: São as seções do caule entre os nós. Os entrenós são áreas de alongamento do caule, onde ocorre o crescimento em comprimento.
  3. Gemas apicais: São as gemas localizadas nas extremidades dos caules e ramos. Elas contêm tecidos meristemáticos responsáveis pelo crescimento em comprimento do caule ou ramo, formando novos tecidos e estruturas.
  4. Gemas laterais (ou axilares): São as gemas localizadas nas axilas das folhas ao longo do caule. Elas têm potencial para desenvolver novos ramos, flores ou folhas.

Tipos de caules:

Os diferentes tipos de caules apresentam variações estruturais e estão adaptados para diversas funções e ambientes. Aqui estão alguns tipos comuns de caules:

  1. Haste: Refere-se geralmente a caules finos e eretos, muitas vezes encontrados em plantas herbáceas.
  2. Tronco: É comumente associado a caules grandes, lenhosos e fortes, típicos de árvores e arbustos.
  3. Estipe: É um tipo específico de caule encontrado em palmeiras, sendo longo, cilíndrico e, às vezes, não ramificado.
  4. Colmo: É o tipo de caule encontrado em gramíneas, como o bambu, geralmente oco e resistente.
  5. Tubérculo: Uma modificação do caule, como na batata, que armazena nutrientes e cresce abaixo da superfície do solo.
  6. Rizoma: Um caule subterrâneo horizontal que cresce sob a superfície do solo, como nos lírios e no gengibre. Ele produz novos brotos e ajuda na propagação da planta.
  7. Bulbo: Outro tipo de caule modificado que armazena reservas de nutrientes. Os bulbos estão presentes em plantas como cebolas e tulipas.
  8. Caule aquático: Encontrado em plantas aquáticas, esses caules têm adaptações para viver em ambientes aquáticos, podendo ser flexíveis ou ter estruturas aeríferas para flutuação e suporte.

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Folha

Órgãos vegetais com variadas formas e funções, as folhas têm um papel fundamental na fotossíntese, processo essencial para o equilíbrio do ecossistema. Produzidas no topo do sistema caulinar, com posicionamento favorável para a otimização da exposição à luz.

Possuem células contendo clorofila, que capturam a luz solar para produzir alimentos (glicose) a partir da água e do dióxido de carbono. Além disso, as folhas também transpiram, liberando vapor d’água para a atmosfera.

Adaptações

As folhas apresentam uma variedade de adaptações que ajudam as plantas a sobreviverem em diferentes ambientes e a desempenharem diversas funções. Algumas adaptações comuns incluem:

Adaptações para a fotossíntese: As folhas são adaptadas para capturar a luz solar de forma eficiente, apresentando clorofila nas células para realizar a fotossíntese. Exemplos:

  • Folha simples: folhas de carvalho, faia.
  • Folha composta: folhas do trevo, da tamareira.

Adaptações para conservação de água: Em ambientes áridos, algumas folhas têm adaptações para reduzir a perda de água, como a presença de cutícula espessa, estômatos especializados (pequenas aberturas para troca gasosa) e folhas suculentas que armazenam água. Exemplos:

  • Folha suculenta: folhas de cactos, agaves.
  • Folha com cutícula espessa: folhas de plantas xerófitas, como a lavanda.

Adaptações para climas frios: Em regiões frias, as folhas podem ter uma forma reduzida ou apresentar uma camada de pelos para reduzir a perda de calor. Exemplos:

  • Folha reduzida ou modificada: folhas de plantas alpinas, como o rododendro.
  • Folha com pelos: folhas de algumas coníferas, como o pinheiro.

Adaptações para ambientes aquáticos: Folhas de plantas aquáticas podem ter estruturas adaptadas para flutuação na superfície da água, como espaços cheios de ar ou tecidos especializados para sustentação. Exemplos:

  • Folha flutuante: folhas de vitória-régia, alface-d’água.
  • Folha com espaços de ar: folhas de ninfeias.

Adaptações para defesa: Algumas folhas têm adaptações, como espinhos ou substâncias químicas tóxicas, para proteção contra herbívoros. Exemplos:

  • Folha espinhosa: folhas de roseira, acácia.
  • Folha com substâncias tóxicas: folhas de algumas espécies de eucalipto.

Adaptações para a reprodução: Em plantas como as bromélias, as folhas podem formar estruturas que coletam água para propiciar condições favoráveis à reprodução. Exemplos:

  • Folha receptáculo de água: folhas das bromélias que coletam água para propiciar condições favoráveis à reprodução.

Flor

Presente em plantas com flores, é o órgão reprodutivo responsável pela produção de sementes. As flores contêm órgãos sexuais, como estames (produtores de pólen) e carpelos (que contêm os óvulos), e a polinização ocorre para fertilizar os óvulos e formar sementes.

Fruto

Ele se forma a partir do desenvolvimento da flor após a fertilização dos óvulos. O fruto protege as sementes e, muitas vezes, ajuda na sua dispersão.

Além disso, o fruto é uma parte essencial do ciclo reprodutivo das plantas com flores, já que protege e abriga as sementes, permitindo que elas sejam transportadas para novos locais e germinem, contribuindo para a reprodução das plantas.

Exercícios:

1 – Diferencie monocotiledôneas de dicotiledôneas, baseando-se na morfologia das raízes e folhas.

2 – Muitas pessoas colocam a batata-inglesa para brotar e gerar um novo pé de batata. Por que isso é possível?

3 – Uma árvore média, com 1 ano, tem 1 metro de altura. Nesse idade sofreu uma lesão no caule, a 40 cm do solo. Depois disso, ao completar 4 anos, a árvore alcançou 8 metros de altura. A cicatriz deverá se encontrar a que altura do solo? Justifique.

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