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Cursos

Físicos – Curiosos acima de tudo

18 de maio de 2009
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Escrito porRedação

Esta é a melhor definição para os físicos. Graduação exige muito

conhecimento prévio, dedicação máxima e prazer pela leitura. Carreira

está em alta, salários são bons, mas tem vaga que só com pós-doutorado.

Entender como o mundo funciona é o principal motivo de muitos alunos

que procuram a graduação em física. Diferente do que a maioria dos

estudantes do ensino médio pensa, física não é apenas aquela enxurrada

de fórmulas que vimos nas salas de aula. Ela é a principal ferramenta

para compreender a natureza e o mundo.

Entrar em um curso superior

sobre o assunto exige mais do que identificação do aluno com esses

questionamentos. Ele precisa ser apaixonado pelas ciências exatas,

conhecer o mundo dos números a fundo e ainda ter uma grande dose de

dedicação para encarar o curso, que é bem puxado.

“A física

ajuda as pessoas a entenderem como o mundo funciona. Ela vem como uma

ferramenta para compreender a natureza”, explica o coordenador do curso

da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Alexandro Tenório. Ele

avisa que para tentar entender isso não basta saber aquelas fórmulas

aprendidas no colégio. O estudante precisa ir além. “Eletem que ter uma

forte afinidade com todas as ciências exatas.

Tem que saber muito

matemática e física, se não ele não consegue fazer o curso”, avisa. No

estado, a graduação é oferecida de duas maneiras. O bacharelado e a

licenciatura. A diferença delas está no foco de cada uma. Enquanto o

bacharel em física é voltado para pesquisas, o estudante licenciado

está apto para ser professor de física.

“Mas isso não impede que quem

fez bacharelado ensine. Ele só vai precisar fazer um mestrado de ensino

ou em alguma área da física”, afirma Tenório. O bacharelado é oferecido

pela Universidade Federal de Pernambuco, enquanto a licenciatura é dada

pela UFRPE e a Universidade Católica de Pernambuco oferece os dois.

Noêmia

Patrícia da Silva, 21 anos, está no 5º perído do curso de licenciatura

em física e garante: a matéria é muito mais prática do que muita gente

pensa. “É uma área muito ampla, dinâmica. Ela lhe dá base para

compreender todo tipo de fenômeno da natureza”, conta. Mas Noêmia só

soube disso quando já estava dentro da faculdade. No colégio ela só viu

o básico da disciplina. “Só soube o que era física quando comecei o

curso de engenharia elétrica.

Já gostava da área, mas depois de

conhecê-la me apaixonei”, confessa. Assim como Silva, os alunos que

estão na graduação veem muito além da física clássica. Eles aprendem a

contemporânea, a moderna e ainda metodologias de ensino. “Eles vão ver

desde cadeiras relacionadas à matemática, como estatística, até

disciplinas como eletromagnestismo e física nuclear”, afirma Alexandro.

E

quem está interessado na graduação vale saber: ela é só o começo da

carreira. “Depois que você faz um mestrado, um doutorado, o leque de

oportunidades se abre muito mais. O aluno de física precisa ter

dedicação e foco para seguir bem na carreira”, avisa Tenório.

Mas

enquanto a hora das pós-graduações não chega, o jeito é se dedicar ao

curso superior. “É um curso bem puxado, exige um conhecimento muito

grande dos alunos e dedicação quase exclusiva. Quem entra em física tem

que estar preparado para trabalhar e gostar muito do que faz”, alerta

Tenório.

Pós-doutorado, para começar

Significado da física: “minha vida”. Se existisse um dicionário feito

por profissionais da área, seria assim que o curso e a profissão de

físico seriam descritos. Entrar no curso de física não é pensar em

vários empregos e nem em muitos trabalhos, mas, sim, em dedicação

exclusiva, em uma linha a ser seguida até o ponto mais alto da

carreira. Foi assim com o Ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio

Rezende, com seu companheiro no departamento de física da Universidade

Federal de Pernambuco Cid Bartolomeu de Araújo, e com quase todos que

escolheram o curso.

Dedicação

é a palavra de lei para quem entra no departamento de física. Sem ela o

aluno não passa no vestibular, não termina o curso e nem consegue

seguir com sua carreira. “Não dá para entrar achando que vai ser fácil.

É um curso puxado, exige dedicação exclusiva do aluno, porque além das

cadeiras ele ainda pode entrar em um projeto de pesquisa”, explica o

físico e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Cid

Bartolomeu de Araújo. Para chegar onde está, Bartolomeu carrega em seu

currículo mais do que cursos. Ele traz experiências de vida. Junto com

o atual ministro do MCT e outros profissionais, ajudou a fundar o

departamento de física da UFPE. “Na época que fiz vestibular não tinha

o curso aqui, então nos juntamos e resolvemos trazer a graduação para

cá”, lembra.

Depois disso, Bartolomeu não parou mais. Fez

mestrado e doutorado em física pela PUC e mais um pós-doutorado na

Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. “Para trabalhar com física

você precisa se qualificar”, avisa Araújo que ainda passou um ano na

IBM de Nova Yorque e algum tempo na França. Na entrevista dada ao Guia

de Profissões, Cid Bartolomeu dá algumas dicas para quem quer começar

na área e explica como anda o mercado atual em física, que em nada

lembra o da sua época.

O que o estudante precisa para entrar em física?

De

imediato, uma boa formação do colégio e uma boa carga de matemática e

física, porque durante o curso vai ser exigido do aluno um alto grau de

conhecimento. É fundamental que a pessoa também se identifique com a

área e goste bastante, caso contrário, não consegue terminar a

graduação. Hoje, apenas 50% dos que entram estão se formando. Então é

bom ter consciência de que é um curso puxado, difícil, mas que no final

vale a pena para quem gosta do que faz.

Onde um físico pode trabalhar?

Existem

várias áreas dentro da física. As principais são de ensino e pesquisa.

Dentro delas ainda tem as sub-áreas, que são aplicações da física,

física nuclear, teórica. O físico também pode atuar dentro dos

laboratórios do governo federal, que são ligados ao Ministério da

Ciência e Tecnologia. Outra área é a de indústrias. Apesar de ser um

pouco mais recente, as grandes indústrias já estão contratando físicos

para trabalhar com comunicações ópticas, nanociência e nanotecnologia.

Existe algum setor que esteja em crescimento ou que seja uma promessa para o futuro?

Os

setores que mais crescem atualmente são o de fotônica, que lida com as

propriedades da luz, gerando fontes para iluminação, como leds, lasers.

E também o de biofotônica, que usa essas propriedades da luz para

estudar os sistemas biológicos.

Como é o mercado de trabalho?

A

física é um mercado com grande potencial de expansão. Hoje, temos

pouquissímos físicos formados. É uma profissão que você não vai ver

pessoas desempregadas por um bom tempo. Isso é, se elas se qualificam,

porque para entrar no mercado são muitas as exigências. Em alguns

lugares, inclusive, você só entrar se tiver pós-doutorado.

Um mercado onde não faltam vagas ou que faltam profissionais qualificados?

Os

dois. Temos quatro universidades públicas aqui. As quatro tiveram

concurso recente para físico e poucas pessoas se inscreveram. Isso sem

contar com as particulares. Esperávamos mais gente. A física é uma área

que permite que o profissional atue emoutros departamentos também. Você

não precisa ficar necessariamente dentro do departamento de física. Dá

para ir para química, engenharia eletrônica, medicina.

E como é o salário do físico?

Para

quem está fazendo doutorado, a bolsa chega a R$ 2,2 mil. Agora o aluno

tem que ter dedicação exclusiva para o curso. Depois que ele termina e

investe em seu conhecimento pode ganhar de R$ 10 mil a R$ 15 mil nas

universidades federais. Quem trabalha em laboratório pode ter uma renda

até maior que isso, e quem ensina e São Paulo também tem salários

maiores.

O que você aconselha para quem quer começar?

venha se tiver vocação. Na universidade o aluno vai trabalhar bastante,

vai ter que se esforçar mesmo. Se não sabe bem o que quer, ou não tem

muita certeza, não faça. Porque não vai valer a pena.

Pelo prazer de ser físico

As brincadeiras de infância nos joquinhos de laboratórios científicos

renderam muito mais que diversão para Celso Pinto de Melo. Elas lhe

mostraram qual seria sua profissão no futuro. Destinado a ser

cientista, não importava qual fosse a área, Celso foi em busca de

informações que pudessem lhe dizer que curso seguir. Acabou encontrando

a física, meio que ao acaso, e não largou mais dela. Cresceu na área,

foi até diretor do CNPq em Brasília e hoje é diretor do departamento de

física da Universidade Federal de Pernambuco.

Ele não lembra

quando, nem onde e nem por quê. Mas Celso só sabe que sempre teve

certeza de que seria um cientista.”Não tinha muitas informações a

respeito do que era trabalhar com ciência, mas já tinha na minha cabeça

que era isso que eu queria”, conta. A brincadeira que ele sempre fazia

quando lhe perguntavam o que ele seria quando crescesse, se tornou

realidade. Celso seria um cientista. No ano em que fez vestibular

escolheu a engenharia química, mas por apenas um motivo: o bacharelado

de física ainda não tinha chegado ao Recife. “Quando estava na metade

do curso a graduação de física veio para a UFPE e eu comecei a pagar

cadeiras de lá também”, lembra. De imediato Melo imendou um mestrado em

física também na UFPE e alguns anos depois um doutorado na Universidade

da Califórnia, em Santa Barbára, Estados Unidos. “De lá fui para o

Fulbrigth Senior Scholar, junto ao Departamento de Ciência de Materiais

de Massachusetts Institute of Technology, o MIT, em Cambridge, passar

um ano sabático, que é como chamamos o intercâmbio”, diz Melo. Tanta

identificação imediata com a área de física, Celso só atribui a uma

peculiaridade. A curiosidade nata. “Sempre me perguntava o por quê de

tudo. Gostava de ler bastante, era muito curioso. E isso é fundamental

para um físico”, avisa.

Na volta para o Brasil, Celso Melo foi

eleito diretor do CNPq em Brasília, um dos maiores órgãos de pesquisas

do país. O professor passou três anos na Capital Federal antes de se

fixar no departamento de física da UFPE. Onde ele foi coordenador,

vice- coordenador, e hoje é diretor do departamento.”Aqui montei um

grupo de pesquisa em polímetros não convencionais e não sai mais”,

conta. Mas para chegar até aí ele garante que só existe um meio, que em

nada tem a ver com mestrados, doutorados e cursos. É o prazer de ser

físico. Sem isso, ninguém da área chega a algum lugar. “Para ser físico

tem que ter aquele brilho no olhar de satisfação. Não dá para você

fazer o que não gosta”, afirma. Para quem está dando os primeiros

passos na física, Melo avisa: “O Brasil tem fortes chances de ser um

dos países líderes do mundo em ciência e tecnologia. Basta que as

pessoas saibam utilizar isso como um instrumento de desenvolvimento”,

alerta o físico que não se declara um profissional de sucesso, mas,

sim, realizado com aquilo que faz.

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