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Dia Nacional do Café: o grão e a economia brasileira

Dia Nacional do Café: o grão e a economia brasileira

O dia 24 de maio é o Dia Nacional do Café e vamos aproveitar a data para contarmos um pouco sobre a importância histórica e econômica que esse grãozinho tem no nosso país.

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E claro, vamos aproveitar e te explicar sobre a data, porque ela é comemorada nesse dia especificamente e quais as ações realizadas para celebrar o papel que o Brasil tem na produção mundial do café e sua influência no mercado e na economia nacional.

Dia Nacional do Café: conheça a data

O dia 24 de maio é a data escolhida para comemorar o Dia Nacional do Café. Isso porque a data marca o início da colheita nas principais áreas agrícolas com foco na produção cafeeira do país.

Hoje, um dos focos no mercado do café produzido no país tem sido a exportação dos cafés especiais, das melhores safras, para países que consomem muito essa linha do grão.

Segundo uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em 2020, revela que 52% dos profissionais que produzem café especial no Brasil estão há no máximo cinco anos nesse ramo. Como a procura é grande, o mercado segue fortalecido.

O Dia Nacional do Café é uma oportunidade de celebrar a importância histórica, cultural e econômica do café para o Brasil. É uma data em que produtores, consumidores, entusiastas e amantes do café se unem para exaltar essa bebida tão apreciada em todo o país.

Durante essa data, são realizadas diversas atividades relacionadas ao café, como feiras, exposições, degustações, palestras, workshops e competições de baristas. É um momento para destacar a qualidade dos cafés brasileiros, promover a cultura cafeeira e valorizar o trabalho dos produtores.

Além disso, o Dia Nacional do Café também serve como uma oportunidade para conscientizar sobre a importância da sustentabilidade na produção de café, abordando questões como o cultivo sustentável, o comércio justo e o respeito ao meio ambiente.

O Brasil, como maior produtor mundial de café, desempenha um papel fundamental na celebração do Dia Nacional do Café. O país possui diversas regiões cafeeiras, cada uma com características e sabores únicos, o que contribui para a diversidade da bebida.

Nesse dia, é comum as pessoas desfrutarem de uma boa xícara de café, seja em casa, em cafeterias ou em eventos especiais. É uma ocasião para apreciar e valorizar a riqueza aromática e o sabor do café brasileiro.


Histórico da produção de café no Brasil

A história do café no Brasil remonta ao século XVIII, quando as primeiras mudas de café foram trazidas da Guiana Francesa para o estado do Pará. No entanto, foi somente a partir do século XIX que o café se tornou um produto de grande importância econômica para o país.

O cultivo do café começou a se expandir no Brasil, principalmente nas regiões montanhosas do estado do Rio de Janeiro, devido às condições favoráveis de solo e clima. A produção cresceu rapidamente e o país logo se tornou o maior produtor e exportador de café do mundo.

A expansão do cultivo de café no Brasil teve um impacto significativo no desenvolvimento do país. Novas áreas foram desbravadas, e grandes propriedades rurais, conhecidas como fazendas de café, foram estabelecidas. A demanda por mão de obra levou ao aumento do comércio de escravos africanos, que eram utilizados nas plantações.

No final do século XIX, com o fim da escravidão no Brasil, a mão de obra passou a ser composta principalmente por imigrantes europeus, principalmente italianos. A imigração em massa impulsionou ainda mais a produção de café, e as cidades cresceram rapidamente em torno das áreas produtoras.

Durante o século XX, o Brasil enfrentou desafios e crises no setor cafeeiro. Em alguns momentos, houve superprodução e queda nos preços internacionais do café, o que levou a problemas econômicos.

O governo brasileiro tomou medidas para regular a produção e os preços, como a criação do Instituto Brasileiro do Café (IBC) em 1952.

Nos últimos anos, o Brasil tem mantido sua posição como o maior produtor e exportador de café do mundo. A produção se expandiu para outras regiões, como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O país desenvolveu técnicas avançadas de cultivo e processamento do café, e hoje é reconhecido pela qualidade e variedade de seus grãos.

O café se tornou uma parte essencial da cultura brasileira, consumido em todo o país. O Brasil também sediou importantes eventos relacionados ao café, como a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte.

E claro, hoje, é o maior produtor do grão em todo mundo, responsável por cerca de um terço da produção mundial, segundo a Organização Internacional do Café (OIC).

Café e a economia brasileira

Dia Nacional do Café: o grão e a economia brasileira

O café desempenha um papel fundamental na economia brasileira há mais de um século. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, sendo responsável por uma parcela significativa da produção global. O setor cafeeiro tem um impacto expressivo em diversos aspectos econômicos do país.

Em termos de geração de receitas, o café é um dos principais produtos agrícolas de exportação do Brasil. As exportações de café contribuem substancialmente para a balança comercial brasileira, gerando divisas e impulsionando a economia do país.

O cultivo do café envolve uma extensa rede de produtores, trabalhadores rurais, cooperativas, indústrias de torrefação e exportação, além de empresas fornecedoras de insumos agrícolas. Essa cadeia produtiva movimenta uma série de setores relacionados, como transporte, logística, embalagens, tecnologia e serviços.

Além dos aspectos comerciais, o café também contribui para o desenvolvimento de diversas regiões do Brasil. As áreas de produção de café, como as regiões do Cerrado, do Sul de Minas Gerais, da Alta Paulista e do Espírito Santo, entre outras, são impulsionadas economicamente pela cultura cafeeira.

Essas regiões experimentam o crescimento de cidades, o desenvolvimento de infraestrutura e a melhoria da qualidade de vida da população local.

Os estados que apresentam maior participação na produção de cafés são:

  • Minas Gerais;
  • Espírito Santo;
  • São Paulo;
  • Bahia;
  • Rondônia.

Outro aspecto importante é o impacto do café no turismo. O Brasil possui regiões turísticas conhecidas como “rotas do café”, que atraem visitantes interessados em conhecer as plantações, participar de colheitas e degustações, além de desfrutar da cultura e história cafeeira. Esses turistas contribuem para a economia local, impulsionando o setor de hospedagem, alimentação e comércio.

O café também desempenha um papel social relevante, principalmente no que diz respeito à geração de empregos e renda no campo. Muitos produtores de café são agricultores familiares, e a atividade cafeeira proporciona uma fonte de subsistência e sustentabilidade para essas famílias.


Como a produção cafeeira pode aparecer em provas e vestibulares

Trouxemos alguns exemplos de como você pode encontrar questões sobre a produção cafeeira, o Ciclo do Café, e a importância do grão para a economia nacional em provas e vestibulares. Confira:

1) A economia cafeeira foi o principal esteio econômico do Segundo Reinado, sendo desenvolvido seu cultivo em grande escala primeiramente:

a) no Oeste paulista
b) no Sul da Bahia
c) no Norte paranaense
d) na Baixada Fluminense
e) no Sul de Minas

2) A economia cafeeira sustentou financeiramente o Brasil durante o Segundo Império, sendo ainda a fonte de acumulação de capitais necessários ao posterior processo de industrialização da economia nacional. Mas qual outro setor foi estimulado com a economia cafeeira?

a) Setor de transportes marítimos.
b) Setor de transportes fluviais.
c) Setor de transporte ferroviário.
d) Setor de transporte rodoviário.


3) (UDESC 2015/2)

Sobre o cultivo de café no Brasil, assinale a alternativa correta.

A) Foi introduzido no país no século XVIII, tornando nosso país o primeiro produtor mundial, desde então.

B) A “marcha do café” iniciou-se no Rio de Janeiro, adentrou o Vale do Paraíba e ganhou o oeste paulista e o norte do Paraná.

C) Seu cultivo atrasou a abolição da escravatura no Brasil, pois as fazendas do oeste paulista permaneceram escravistas até a assinatura da Lei Áurea.

D) Após as geadas ocorridas no norte do Paraná, na década de 1970, iniciou-se uma migração do café para o norte do País, sendo hoje o estado do Mato Grosso do Sul seu maior produtor.

E) Seu cultivo impulsionou a industrialização do estado de São Paulo, que se inicia com a instalação das montadoras de automóveis na região do ABC paulista.


4) Em relação à chegada do café no Brasil é correto dizer que:

a) O café chegou somente no século XIX no Brasil e teve bastante dificuldade de ganhar o gosto popular. No século posterior, o café tornou-se um produto importante para a economia, mas não representou grandes lucros para o Estado brasileiro.

b) O café chegou ao Brasil no século XVIII, quando a esposa do governador da Guiana Francesa presentou o Sargento paraense Francisco de Mello Palheta com uma muda de café, que posteriormente foi ganhando o gosto da população brasileira.

c) A plantação cafeeira no Brasil somente cresceu após a criação do Convênio de Taubaté no século XVIII, que priorizou investimentos públicos nos cafezais para alavancar a venda do produto no mercado nacional.

d) A chegada do café no Brasil trouxe poucas mudanças para a economia nacional, uma vez que a produção cafeeira foi produzida visando ao mercado interno que era mais rentável do que o comércio no mercado internacional.

Gabarito

  1. D
  2. C
  3. B
  4. B

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